06 de mar 2025
Suplementos de vitamina C e D: ciência questiona eficácia no fortalecimento imunológico
Estudo no JAMA Network Open revela que suplementos não previnem infecções virais. Um em cada nove americanos usou suplementos entre 2017 e 2020, segundo pesquisa. Especialistas alertam sobre falta de regulamentação e rótulos imprecisos. Nutrientes como vitaminas A, C, D e zinco são essenciais, mas dietas equilibradas são suficientes. Consultar profissionais de saúde é crucial antes de iniciar qualquer suplementação.
Suplementos (Foto: Pixabay)
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Um novo estudo publicado no JAMA Network Open revela que cerca de um em cada nove americanos utilizou suplementos alimentares para fortalecer o sistema imunológico entre janeiro de 2017 e março de 2020. A pesquisa, que envolveu mais de 15.000 participantes, destaca a crescente busca por otimização da saúde, embora muitos tenham utilizado esses produtos sem orientação médica. Especialistas, como Michael Ben-Aderet, enfatizam que não há evidências robustas de que esses suplementos realmente proporcionem os benefícios prometidos.
Os suplementos frequentemente contêm vitaminas e minerais essenciais, como vitaminas A, C, D e zinco, que são importantes para a saúde imunológica. No entanto, a maioria da população dos Estados Unidos obtém esses nutrientes por meio de uma dieta equilibrada, tornando a eficácia dos suplementos questionável. Ben-Aderet ressalta que, para aqueles com níveis adequados de nutrientes, não há provas convincentes de que os suplementos sejam benéficos.
Embora algumas pesquisas tenham explorado os efeitos de vitaminas como D e C, os resultados são inconclusivos. Uma revisão de 2020 indicou que os suplementos de vitamina D não protegiam contra vírus em indivíduos com níveis normais, enquanto uma análise de 2021 sugeriu uma leve redução no risco de infecções respiratórias. Similarmente, estudos sobre vitamina C e zinco mostraram que, embora possam encurtar a duração de resfriados, não previnem a infecção.
A falta de regulamentação rigorosa pelo FDA (Food and Drug Administration) permite que empresas comercializem suplementos sem comprovação de eficácia. Um estudo de 2022 revelou que mais da metade dos suplementos analisados apresentava rótulos imprecisos. Especialistas recomendam cautela ao escolher suplementos, sugerindo a verificação de selos de aprovação de terceiros e a consulta a profissionais de saúde para evitar interações perigosas e garantir a segurança do uso.
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