Saúde

Educação é chave para prevenir demência no Brasil, afirma cientista Eduardo Zimmer

Estudo revela que escolaridade é o principal fator de risco para demência no Brasil. Pesquisa coordenada por Eduardo Zimmer usa inteligência artificial para análise. Desigualdade educacional no país agrava o declínio cognitivo entre idosos. Importância de políticas públicas para educação visa prevenir epidemia de demência. Crescimento de idosos no Brasil exige estratégias para enfrentar desafios de saúde mental.

O cientista Eduardo Zimmer, professor da UFRGS (Foto: Instituto Serrapilheira/divulgação)

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Um novo estudo revela que a escolaridade é o principal fator de risco para a perda de memória no Brasil, superando outros fatores associados à doença de Alzheimer e demências. Coordenado pelo cientista Eduardo Zimmer, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, a pesquisa utilizou inteligência artificial para analisar dados do Estudo Longitudinal da Saúde do Idoso (ELSI). Zimmer destaca que a educação na juventude tem um impacto direto na saúde cerebral na vida adulta, afirmando que "a sua educação no início da vida, paradoxalmente, vai definir a sua saúde cerebral quando adulto".

O estudo, que avaliou 9.412 pessoas, mostra que a desigualdade educacional no Brasil acentua o risco de declínio cognitivo. Zimmer explica que, em um país com grande desigualdade social, a variação no acesso à educação é significativa, o que permite uma análise mais precisa dos efeitos da escolaridade na saúde mental. Ele introduz o conceito de "reserva cognitiva", que se refere à capacidade do cérebro de se adaptar e resistir a danos, enfatizando que pessoas com mais anos de educação têm mais conexões neurais, tornando-se mais resilientes.

Zimmer também sugere que programas de educação para pessoas com mais de 50 anos podem ajudar a mitigar esses riscos. Ele propõe a criação de políticas públicas que integrem educação e saúde, visando prevenir uma possível epidemia de demência no Brasil, que pode triplicar até 2050. O estudo não avaliou diretamente o risco de demência, mas identificou a educação como o maior fator de risco para declínio cognitivo e a saúde mental como o principal fator para a perda de funcionalidade.

Com o aumento significativo da população idosa no Brasil, que cresceu cerca de 60% nos últimos 15 anos, a necessidade de entender e abordar as doenças cerebrais associadas ao envelhecimento se torna urgente. Zimmer alerta que, se os dados de estudos internacionais forem aplicados ao Brasil, cerca de 10 milhões de pessoas podem estar em risco de desenvolver Alzheimer. Portanto, é crucial desenvolver políticas que abordem fatores de risco modificáveis, como a educação, para reduzir o número de idosos com declínio cognitivo.

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