10 de mar 2025
Gabor Maté alerta: a vida digital é um vício que agrava a dor existencial
Gabor Maté define vício como busca de prazer temporário, com consequências negativas. O autor destaca que a vida digital intensifica a vulnerabilidade aos vícios. Maté enfatiza a importância de tratar traumas individuais, não apenas o vício. Ele alerta que jovens são mais suscetíveis a dependências digitais e emocionais. O tratamento deve ser livre de julgamentos, focando na cura emocional e não na culpa.
O médico húngaro-canadense Gabor Maté: um olhar aprofundado e sensível sobre novas e velhas dependências. (Foto: Gurudayal Khalsa/Reprodução)
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Gabor Maté, médico húngaro radicado no Canadá, define vício como um comportamento que proporciona prazer temporário, mas que gera consequências negativas para a saúde física e mental. Em seu livro Vício: O Reino dos Fantasmas Famintos, Maté analisa a crescente dependência de substâncias e comportamentos, como drogas, pornografia e redes sociais, a partir de sua experiência clínica e estudos científicos. Ele propõe que a verdadeira questão não é apenas o vício em si, mas a dor existencial que leva as pessoas a buscar essas fugas.
Maté acredita que a humanidade está mais exposta aos vícios atualmente, pois muitos buscam emoções e sensações de vida em meio a um vazio. Segundo ele, o vício surge como uma resposta a necessidades humanas não atendidas, e a primeira pergunta a ser feita deve ser sobre a origem dessa dor, analisando os traumas que as pessoas enfrentam. Ele destaca que a dependência das telas é um dos maiores perigos contemporâneos, afetando especialmente os jovens, que têm menos autocontrole e são mais vulneráveis a essas armadilhas digitais.
O tratamento para o vício deve ser individualizado, considerando as diferentes realidades de cada pessoa. Maté enfatiza que não se deve julgar ou culpar os viciados, pois a dependência não é uma escolha, mas uma resposta ao sofrimento emocional. Ele ressalta que o tratamento deve focar na cura dos traumas subjacentes, além de interromper comportamentos prejudiciais, independentemente da classe social do indivíduo.
Por fim, Maté alerta que a vida digital não apenas contribui para o vício, mas se tornou um vício em si, afetando o desenvolvimento das crianças e levando a um ciclo de dependência. A abordagem terapêutica deve, portanto, ser abrangente e sensível às experiências de vida de cada pessoa, visando um tratamento que vá além da simples abstinência.
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