Saúde

Endometriosis: a luta contra o tabú e a violência obstétrica que afeta milhões de mulheres

A endometriose afeta 190 milhões de mulheres em idade reprodutiva globalmente. A doença é frequentemente subdiagnosticada devido à falta de informação e empatia. O diagnóstico pode levar de sete a onze anos, causando sofrimento intenso. A endometriose é uma doença inflamatória sistêmica, não apenas ginecológica. Tratamentos variam, mas a individualização é crucial para o sucesso terapêutico.

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A endometriose afeta cerca de 190 milhões de mulheres em idade reprodutiva no mundo, mas a maioria desconhece a condição. Essa doença crônica provoca dores intensas, sangramentos excessivos e desconfortos variados, como dificuldades ao urinar e durante relações sexuais. Tai La Bella, uma das afetadas no México, descreve a dor como "insuportável", ressaltando o impacto físico e emocional que a doença causa. A ginecóloga Paulina Carrillo aponta que o subdiagnóstico é elevado, com muitas mulheres enfrentando anos de busca por um diagnóstico adequado.

O tempo médio para o diagnóstico da endometriose varia de sete a onze anos, um processo que pode ser frustrante devido à falta de conhecimento, tanto entre pacientes quanto profissionais de saúde. Rodrigo Gómez Cardoso, ginecólogo, destaca que a condição é frequentemente minimizada, embora seja comum. A endometriose, que envolve o crescimento de células semelhantes às do endométrio fora do útero, não é câncer, mas aumenta o risco de câncer de ovário em até dez vezes.

A normalização da dor menstrual intensa contribui para o atraso no diagnóstico. Claudia Lacorti, que passou por várias cirurgias sem entender sua condição, menciona que muitas mulheres são vistas como "exageradas" ao relatar dores severas. A endometriose é agora reconhecida como uma doença inflamatória sistêmica, afetando diversos órgãos. Os sintomas variam, e a intensidade da dor não está necessariamente relacionada à gravidade da doença.

Avanços científicos têm revelado mais sobre as causas da endometriose, incluindo fatores genéticos e ambientais. A condição pode se manifestar em locais inesperados, como intestinos e pulmões. Embora não haja cura, tratamentos hormonais e mudanças no estilo de vida podem ajudar a controlar os sintomas. Carrillo enfatiza a importância de abordagens individualizadas e destaca que o impacto emocional da doença é significativo, afetando relacionamentos e a vida pessoal das mulheres.

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