Saúde

Estudo revela que fragmentação de florestas reduz biodiversidade globalmente

Estudo revela que áreas fragmentadas têm 13,6% menos espécies locais. Pesquisa analisou mais de 4.000 espécies em 37 locais ao redor do mundo. Debate SLOSS questiona proteção de grandes áreas versus várias pequenas. Restauração de habitats degradados é crucial para aumentar a biodiversidade. Estudo reforça necessidade de proteger florestas contínuas para conservação.

Vista aérea da floresta amazônica (Foto: Alex Almeida/Folhapress/VEJA)

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Um novo estudo publicado na revista Nature por pesquisadores brasileiros e americanos revela que paisagens fragmentadas apresentam uma redução significativa na biodiversidade em comparação com áreas de floresta contínua. A pesquisa analisou mais de 4.000 espécies em 37 locais ao redor do mundo, evidenciando que a fragmentação de habitat, resultante de atividades humanas como agricultura e urbanização, compromete a sobrevivência de muitas espécies, que não conseguem habitar áreas menores e isoladas.

O debate sobre a melhor estratégia de conservação, conhecido como SLOSS (Single Large or Several Small), discute se é mais eficaz proteger uma única grande área de habitat ou várias menores. Enquanto o ecólogo Jared Diamond defende a proteção de grandes áreas, outros cientistas, como Daniel Simberloff e Lenore Fahrig, argumentam que várias áreas pequenas podem ser mais eficazes em certos contextos, aumentando a diversidade ambiental disponível para diferentes espécies.

Os resultados do estudo mostram que as paisagens fragmentadas têm, em média, 13,6% menos espécies em escala local e 12,1% menos em escala regional do que as contínuas. Apesar do aumento da diversidade beta em fragmentos, isso não compensa a perda de biodiversidade, indicando que a proteção de grandes áreas de floresta é crucial. No entanto, a pesquisa ressalta que pequenos fragmentos não devem ser ignorados, especialmente em regiões como a Mata Atlântica, onde restam poucas florestas intactas.

A restauração de habitats degradados e a criação de corredores ecológicos são essenciais para aumentar a resiliência dos ecossistemas e mitigar as mudanças climáticas. Florestas saudáveis atuam como sumidouros de carbono, e a fragmentação não apenas reduz a biodiversidade, mas também compromete a capacidade de armazenamento de carbono das paisagens. O estudo conclui que a proteção de grandes áreas de floresta e a restauração de habitats são fundamentais para garantir a persistência das espécies e a saúde dos ecossistemas.

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