Anvisa alerta sobre botulismo após botox e orienta sobre sintomas e cuidados necessários

Na última quinta-feira, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu um alerta sobre o risco de botulismo associado à injeção de toxina botulínica, conhecida como botox. A agência recebeu duas notificações recentes da doença relacionada ao tratamento, com sintomas que podem aparecer horas ou semanas após a aplicação. A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) ressaltou que, quando administrada por profissionais qualificados e na dose correta, a toxina é segura, mas alertou que a falsificação do produto pode levar a complicações graves, incluindo fraqueza muscular severa e botulismo.

Os sintomas do botulismo incluem visão borrada, pálpebras caídas, fala arrastada e dificuldades para engolir e respirar. Em casos severos, pode ocorrer paralisia muscular generalizada e até morte. A aplicação imediata de antitoxina botulínica é essencial para neutralizar a toxina no sangue e evitar a progressão da doença. A Anvisa explicou que a toxina botulínica utilizada para fins estéticos é uma forma diluída e purificada, diferenciando-se da que causa o botulismo.

A Anvisa também solicitou que as empresas de botox incluam em suas bulas o risco de que a toxina pode afetar áreas distantes do local da injeção, causando sintomas graves. A agência orienta que, ao apresentar sintomas de botulismo após o tratamento, o paciente deve consultar um médico ou ir ao pronto-socorro imediatamente, informando sobre o procedimento realizado e os dados do medicamento. A notificação de eventos adversos à Anvisa é crucial para identificar novos riscos e atualizar o perfil de segurança dos medicamentos.

Para evitar riscos, a Anvisa recomenda o uso de formulações devidamente registradas e dentro do prazo de validade. Os pacientes devem verificar a regularidade do produto e garantir que o procedimento seja realizado por profissionais habilitados em estabelecimentos autorizados. Além disso, a agência enfatiza a importância de seguir as orientações da bula, especialmente sobre os intervalos entre aplicações, e de questionar os pacientes sobre seu histórico de injeções de toxina botulínica para garantir a segurança do tratamento.