Saúde

Pobreza impacta saúde no Brasil como tabaco e diabetes, revela estudo do IEPS

O relatório "Condições de Vida e Saúde" destaca a pobreza como fator crítico à saúde. Em 2022, 19,1 mil mulheres morreram de câncer de mama no Brasil, 8,3 mil com baixa escolaridade. O livro "3 mulheres: o câncer de mama e a luta pela vida" aborda desigualdades em saúde. A história de Renata ilustra as dificuldades enfrentadas por pacientes do SUS. A redução da mortalidade por doenças crônicas é meta dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

Quanto menor a escolaridade, maior a porcentagem de mortes por câncer de mama. Quase metade das mortes por câncer de mama no Brasil, em 2022, ocorreu entre pessoas que tinham de 0 a 7 anos de estudo. (Foto: Rodrigo Nunes/Ministério da Saúde)

Quanto menor a escolaridade, maior a porcentagem de mortes por câncer de mama. Quase metade das mortes por câncer de mama no Brasil, em 2022, ocorreu entre pessoas que tinham de 0 a 7 anos de estudo. (Foto: Rodrigo Nunes/Ministério da Saúde)

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O relatório Condições de Vida e Saúde, publicado pelo Instituto de Estudos para Políticas de Saúde (IEPS), Instituto Veredas e Umane, destaca que a pobreza impacta a saúde de maneira tão significativa quanto fatores como tabaco e obesidade. O estudo revela que um baixo nível socioeconômico pode reduzir a expectativa de vida em 2,1 anos para adultos entre 40 e 85 anos. Globalmente, as doenças crônicas não transmissíveis causam cerca de 41 milhões de mortes anualmente, representando 74% de todos os óbitos, com a maioria ocorrendo em países de baixa e média renda.

Além disso, o levantamento da organização Umane, com dados do DataSUS-SIM, aponta que em 2022, 19,1 mil mulheres morreram de câncer de mama no Brasil, sendo que 8,3 mil desses óbitos ocorreram entre aquelas com 0 a 7 anos de escolaridade. A pesquisa reforça que quanto menor a escolaridade, maior a taxa de mortalidade, evidenciando a importância da informação na proteção da saúde. O livro 3 mulheres: o câncer de mama e a luta pela vida, escrito por oncologistas, busca suprir a falta de informação sobre a doença, apresentando histórias de pacientes que enfrentam desafios no tratamento.

Uma das histórias é a de Renata, uma manicure de 42 anos, que, após perceber uma alteração em sua mama, buscou atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Apesar de ser tratada em um centro de excelência, enfrentou longas esperas para consultas e exames, refletindo as desigualdades no acesso à saúde. Os autores do livro destacam que, embora muitos hospitais brasileiros ofereçam serviços de qualidade, as dificuldades enfrentadas por mulheres dependentes do SUS resultam em diagnósticos em estágios avançados da doença.

As desigualdades socioeconômicas e raciais impactam a mortalidade por câncer de mama no Brasil, o que justifica a necessidade de melhorar o acesso aos recursos de saúde. A redução da mortalidade por doenças crônicas, como o câncer, é uma das metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, que visa diminuir em um terço a mortalidade prematura até 2030. Contudo, o país ainda enfrenta desafios significativos para alcançar essa meta.

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