Rio de Janeiro registra 787 picadas de cobra em 2024; saiba como agir em caso de acidente

No ano passado, a Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro registrou 787 casos de picadas de serpentes, sendo 23 deles em Petrópolis. Nos primeiros meses de 2025, já foram contabilizados 104 acidentes com cobras no estado, com cinco ocorrências na cidade imperial até o dia 13 de fevereiro. A maioria das picadas em Petrópolis envolve a jararaca, enquanto 11 cascavéis foram resgatadas em 2024, número que já chega a oito em 2025.

O biólogo Dione Satyro Storck destaca que o Ministério da Saúde recomenda atendimento médico imediato após uma picada. Para acidentes com jararaca, o ideal é buscar ajuda entre quatro e seis horas após a picada, enquanto para cascavéis, o soro deve ser administrado em até três a quatro horas. O Corpo de Bombeiros orienta que, ao encontrar uma cobra, não se deve tocá-la, pois isso pode provocar um ataque.

Em caso de picada, a vítima deve ser mantida em repouso, com a parte afetada elevada, e o local deve ser lavado com água e sabão. É importante remover objetos que possam restringir a circulação sanguínea, mas não utilizar torniquetes, pois isso pode causar complicações graves. Além disso, não se deve chupar o veneno, pois isso expõe o socorrista ao risco de contaminação.

As autoridades recomendam fotografar a cobra, se possível, para que o paciente receba o soro antiofídico adequado. Matar a cobra é considerado crime ambiental, conforme a Lei Federal nº 9.605/1998. O atendimento deve ser feito em unidades de saúde que realizem a aplicação do soro, como a UPA Cascatinha em Petrópolis.