Tumores no intestino grosso e no reto: chances de cura aumentam quando a detecção acontece cedo (Foto: PonyWang/Getty Images)

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Câncer colorretal no Brasil pode crescer 21% até 2040, alerta Fundação do Câncer - Câncer colorretal no Brasil pode crescer 21% até 2040, alerta Fundação do Câncer

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O número de casos de câncer colorretal no Brasil poderá aumentar em mais de 20% até 2040, conforme pesquisa da Fundação do Câncer divulgada em 27 de março de 2024. O envelhecimento da população, hábitos de vida pouco saudáveis e a ausência de programas de rastreamento precoce são os principais fatores que contribuem para esse crescimento. Atualmente, o Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima que 45.630 novos casos surgem anualmente, e esse número pode saltar para 71.050 em 2040.

A pesquisa indica que quase 90% dos novos diagnósticos afetarão pessoas com mais de 50 anos, evidenciando a relação entre idade e a maior incidência de tumores no intestino grosso e reto. As regiões Centro-Oeste e Norte apresentam os maiores aumentos, com 32,7% e 31,3%, respectivamente, enquanto o Sudeste, apesar de ter o maior número absoluto de diagnósticos, registra um incremento menor de 18%. A incidência da doença é semelhante entre os sexos.

O cirurgião oncológico Luiz Augusto Maltoni, diretor-executivo da Fundação do Câncer, ressalta a necessidade urgente de ampliar a prevenção. O epidemiologista Alfredo Scaff, coordenador do estudo, aponta que o envelhecimento populacional é a principal causa do aumento de casos. Além disso, a baixa adesão a hábitos saudáveis, como uma dieta rica em frutas e vegetais, e a inatividade física também são fatores de risco.

A falta de um protocolo nacional de rastreamento do câncer colorretal agrava a situação. Nos sistemas europeu e americano, recomenda-se a realização de colonoscopia a partir dos 50 anos, mesmo na ausência de sintomas. Exames como a pesquisa de sangue oculto nas fezes são essenciais para detectar lesões precoces, aumentando as chances de cura quando o câncer é tratado em estágios iniciais. A pesquisa da Fundação do Câncer serve como um alerta para a sociedade e para os gestores de saúde sobre a necessidade de melhorar a infraestrutura de assistência e rastreamento.

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