28 de mar 2025
Estudo brasileiro revela terapia que aumenta em até 27% a sobrevida em câncer de pulmão raro
Estudo brasileiro revela que Alectinibe e Lorlatinibe superam Brigatinibe em sobrevida de pacientes com câncer de pulmão ALK+ em até 27%.
TIPO RARO: câncer de pulmão de não pequenas células com fusão do gene ALK, um tipo de alteração genética, atinge geralmente jovens e não fumantes (Foto: Cleveland Clinic/Reprodução)
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Um estudo brasileiro revelou que existem diferenças significativas na eficácia de tratamentos para câncer de pulmão raro, com variações de até 27 pontos percentuais entre as opções disponíveis no Brasil. Apresentado no Congresso Europeu de Câncer de Pulmão, o trabalho analisou dados de mais de 1.100 pacientes com câncer de pulmão de não pequenas células e fusão do gene ALK, uma alteração genética que afeta entre 5% e 8% dos casos de adenocarcinoma de pulmão, geralmente em jovens não fumantes.
Os medicamentos comparados foram Alectinibe, Brigatinibe e Lorlatinibe, todos de última geração e disponíveis na rede privada de saúde. O oncologista Carlos Teixeira, coordenador do estudo, destacou que, embora esses fármacos sejam conhecidos, esta é a primeira vez que foram comparados de forma sistemática. A análise utilizou uma plataforma de dados global, permitindo a coleta de informações retrospectivas sobre a sobrevida dos pacientes que usaram esses tratamentos.
Os resultados mostraram que Alectinibe e Lorlatinibe apresentaram os melhores desfechos em longo prazo, com 62% e 61% dos pacientes vivos em cinco anos, respectivamente. Em contraste, Brigatinibe teve um desempenho inferior, com apenas 44% de sobrevida. Teixeira enfatizou que, apesar das diferenças, o estudo não avalia como o uso sequencial dos medicamentos pode impactar os resultados a longo prazo.
O câncer de pulmão é uma doença frequentemente diagnosticada em estágios avançados, dificultando o tratamento. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), é o terceiro tumor mais comum em homens e o quarto em mulheres, com cerca de 32.560 novos casos e 28.868 mortes anualmente no Brasil. O principal fator de risco é o tabagismo, e os profissionais de saúde recomendam evitar hábitos tabagistas para prevenir a doença.
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