27 de abr 2025
Estudo revela que doses menores de lenvatinibe são eficazes no tratamento de câncer
Estudo do A.C.Camargo Cancer Center revela que doses reduzidas de lenvatinibe são eficazes e podem transformar a abordagem oncológica.
Andrade: a otimização dos recursos pode beneficiar o Sistema Único de Saúde (Foto: Divulgação)
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Um estudo do A.C.Camargo Cancer Center, em São Paulo, revelou que doses menores de lenvatinibe são tão eficazes quanto as doses recomendadas, com menos efeitos colaterais. A pesquisa, realizada em parceria com centros oncológicos do Brasil, Argentina e Israel, mostrou que doses de 8 a 10 mg por dia apresentam resultados equivalentes às de 24 mg, conforme indicado na bula.
O A.C.Camargo já começou a implementar o protocolo de meia dose. Essa mudança reflete uma tendência crescente em questionar a necessidade de altas dosagens em tratamentos oncológicos. O oncologista Daniel Goldstein, diretor do Centro de Economia da Saúde do Davidoff Cancer Center, destacou que tratamentos individualizados podem otimizar resultados, evitando excessos ou insuficiências.
Durante sua visita ao Brasil em março, Goldstein analisou o cenário oncológico nacional e colaborou com o A.C.Camargo em estudos sobre tratamentos personalizados. Em 2023, foi lançada a iniciativa global Common Sense Oncology, que busca otimizar recursos na oncologia por meio de evidências e novos protocolos.
A colaboração entre setores é fundamental para melhorar a eficiência dos tratamentos. O A.C.Camargo firmou contratos de risco com farmacêuticas para alinhar esforços e compartilhar benefícios. O diretor-geral do A.C.Camargo, Victor Piana de Andrade, afirmou que essa estratégia é crucial para atender ao aumento de casos de câncer no Brasil.
Um estudo recente na revista The Lancet Regional Health — Americas revelou que os tumores são a principal causa de morte em 727 cidades brasileiras, representando 13% do total. A mudança na abordagem de tratamento é necessária, mas a resistência cultural entre médicos ainda é um desafio. Goldstein observa que, embora pacientes compreendam a necessidade de menos medicação, convencer os profissionais de saúde sobre a eficácia de doses reduzidas continua sendo uma batalha.
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