Saúde

Utah é o primeiro estado dos EUA a proibir a adição de flúor na água potável

Utah se torna o primeiro estado dos EUA a proibir a fluoretação da água, gerando polêmica entre especialistas em saúde pública. A nova lei, assinada pelo governador Spencer Cox, entrará em vigor em sete de maio. A decisão surge após alegações de riscos à saúde, mas enfrenta críticas de profissionais que defendem a fluoretação como essencial para a prevenção de cáries, especialmente em crianças. A American Dental Association e outras entidades de saúde expressaram preocupação com as possíveis consequências para a saúde bucal da população.

O governador de Utah, Spencer Cox, assinou a proibição do flúor em lei esta semana. (Foto: Getty Images)

O governador de Utah, Spencer Cox, assinou a proibição do flúor em lei esta semana. (Foto: Getty Images)

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Utah se tornou o primeiro estado dos Estados Unidos a proibir a adição de fluoreto na água potável pública, após preocupações levantadas pelo secretário de Saúde, Robert F. Kennedy, sobre possíveis riscos à saúde. O governador Spencer Cox sancionou a lei, que entrará em vigor em 7 de maio. Outros estados, como Flórida e Ohio, estão considerando legislações semelhantes. O fluoreto é utilizado na água desde 1945 para prevenir cáries, mas a decisão de Utah gerou críticas de especialistas, que temem impactos negativos na saúde bucal, especialmente entre crianças.

O projeto de lei, apresentado pela legisladora republicana Stephanie Gricius, não menciona preocupações de saúde pública, mas argumenta que há pesquisas indicando que o fluoreto pode afetar a cognição infantil. Gricius defende que a medida oferece aos cidadãos a opção de escolher se desejam consumir o mineral. As preocupações sobre o fluoreto foram reiteradas por Kennedy, que, em novembro, afirmou que a administração de Donald Trump recomendaria a remoção do fluoreto da água pública, alegando que o composto está associado a várias condições de saúde.

A American Dental Association criticou a decisão de Utah, afirmando que demonstra um "desrespeito flagrante pela saúde bucal" da população. O presidente da associação, Brett Kessler, expressou descontentamento com a desmantelação de uma política de saúde pública comprovada, baseada em "pseudociência distorcida". Organizações de saúde pública, como a American Academy of Pediatrics e os Centros de Controle e Prevenção de Doenças, apoiam a adição de pequenas quantidades de fluoreto na água, destacando que essa prática ajuda a prevenir cáries.

Embora o Serviço de Saúde Pública dos EUA tenha reduzido a quantidade recomendada de fluoreto em 2015, a adição do mineral à água tem sido incentivada desde a década de 1960. A maioria da Europa Ocidental não adiciona fluoreto à água, enquanto cerca de 63% da população dos EUA tem acesso a água fluoretada. Especialistas que defendem a fluoretação argumentam que ela previne pelo menos 25% das cáries em crianças e adultos, e que os efeitos nocivos citados não estão associados aos baixos níveis utilizados nos programas de fluoretação.

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