30 de abr 2025
Fluoretação da água é defendida por especialistas, apesar de críticas sobre segurança
Fluoretação da água enfrenta novos desafios nos EUA, com pedidos de revisão de recomendações e Utah proibindo a prática. Saúde pública em debate.
O flúor pode ser encontrado em pastas de dente, enxaguantes bucais e também na água potável. (Foto: HockleyMedia/peopleimages.com/Adobe Stock)
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A fluoretação da água potável, prática adotada no Brasil desde mil novecentos e setenta e quatro, é considerada uma importante conquista da saúde pública, reduzindo a cárie dentária, segundo os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC). Recentemente, Robert F. Kennedy Jr., secretário de Saúde e Serviços Humanos, solicitou ao CDC que revise suas recomendações sobre o flúor, alegando riscos à saúde, como fraturas ósseas e distúrbios do neurodesenvolvimento.
Utah se tornou o primeiro estado dos Estados Unidos a proibir a adição de flúor à água pública, gerando debates sobre a segurança e eficácia dessa prática. Atualmente, mais de sessenta e dois por cento da população norte-americana consome água fluoretada. Especialistas, como Scott Tomar, professor da Universidade de Illinois, defendem que a fluoretação é uma medida segura e econômica para prevenir cáries, destacando que é uma das poucas intervenções de saúde pública que não apenas previne doenças, mas também gera economia.
O flúor, mineral que fortalece os dentes, é especialmente benéfico durante o desenvolvimento infantil. No entanto, quantidades excessivas podem causar fluorose, resultando em manchas brancas no esmalte dental. O CDC recomenda uma concentração de 0,7 miligramas por litro de flúor na água, um nível que maximiza os benefícios e minimiza os riscos. Essa diretriz foi atualizada em dois mil e quinze, refletindo a prevalência de outras fontes de flúor, como cremes dentais.
Estudos indicam que a fluoretação da água é uma estratégia eficaz, especialmente em comunidades de baixa renda, onde o acesso a cuidados odontológicos é limitado. A proibição em Utah levanta preocupações sobre o impacto na saúde bucal de crianças, que podem ser mais afetadas pela falta de flúor. A discussão sobre a segurança do flúor continua, com especialistas ressaltando que as evidências disponíveis não justificam a interrupção da fluoretação.
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