05 de abr 2025
África enfrenta aumento alarmante de mortes em acidentes de trânsito, com 259.601 vítimas em 2021
Em 2021, 259.601 africanos morreram em acidentes de trânsito, um aumento de 17%. A mortalidade por acidentes é quatro vezes maior que em conflitos armados na região. Apenas 35 dos 54 países africanos têm normas de design de estradas seguras. Apenas 29 agências de segurança viária recebem apoio orçamentário adequado. A Carta Africana de Segurança Viária, de 2016, não é efetivamente implementada.
Um camião volcado em um caminho lodoso, em Sudão, em uma foto de arquivo (Foto: Claudiad/Getty Images)
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Em 2021, 259.601 pessoas morreram em acidentes de trânsito na África, representando um aumento de 17% em relação à última década. Este número alarmante supera as fatalidades causadas por conflitos armados, evidenciando a urgência de ações efetivas para melhorar a segurança viária no continente. O relatório do Programa de Política de Transporte na África (SSATP) destaca que, a cada dois minutos, uma pessoa perde a vida em um acidente, afetando principalmente indivíduos entre dezoito e cinquenta e nove anos, que estão em idade produtiva.
A situação é ainda mais crítica em alguns países, como Guiné, onde a taxa de mortalidade é de 37,4 por cada 100.000 habitantes. Em comparação, a taxa na Espanha é de apenas 3,5. O SSATP alerta que as mortes e lesões resultantes de acidentes de trânsito geram perdas econômicas significativas, equivalentes a 5% do PIB dos países africanos, além de aumentar os custos com saúde e agravar a pobreza.
Embora haja um reconhecimento da necessidade de melhorias na segurança viária, muitos países ainda carecem de infraestrutura adequada e de leis rigorosas. Apenas 35 dos 54 países africanos possuem normas de design de estradas seguras, e apenas 29 recebem apoio orçamentário para suas agências de segurança viária. A falta de dados confiáveis sobre acidentes e lesões dificulta a formulação de estratégias eficazes para reduzir a sinistralidade.
A crescente motorização, com o número total de veículos dobrando entre 2013 e 2021, levanta preocupações sobre a segurança nas estradas. Especialistas ressaltam que a falta de regulamentação sobre veículos importados e a escassez de leis abrangentes para fatores de risco, como velocidade e uso de capacetes, contribuem para a gravidade da situação. A implementação da Carta Africana de Segurança Viária, que estabelece compromissos para reduzir as fatalidades, ainda é insatisfatória, com apenas 26 países assinando e 13 ratificando o documento.
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