07 de abr 2025
Cortes de ajuda humanitária ameaçam aumentar mortes maternas em todo o mundo, alerta OMS
Cortes drásticos em ajuda humanitária ameaçam reverter avanços em saúde materna, colocando vidas de mulheres em risco globalmente.
Thoko Chikondi/AP
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A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou que cortes significativos em ajuda humanitária podem reverter os avanços em saúde materna, aumentando o risco de morte para mulheres grávidas. Apesar de uma redução de 40% nas mortes maternas globalmente entre 2000 e 2023, aproximadamente 260 mil mulheres ainda faleceram em 2023 devido a complicações relacionadas à gravidez e ao parto.
Os cortes abruptos de financiamento têm impactado diretamente os serviços essenciais de saúde materna, levando ao fechamento de clínicas e à demissão de profissionais de saúde. A OMS destacou que a interrupção das cadeias de suprimentos para medicamentos e tratamentos vitais, como os utilizados para hemorragias e pré-eclâmpsia, contribui para o aumento das mortes maternas.
Os Estados Unidos, que eram o maior doador de programas de saúde reprodutiva, implementaram cortes drásticos sob a administração anterior, afetando a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID). Além disso, vários países europeus, como Reino Unido, França e Países Baixos, também reduziram seus orçamentos de ajuda externa em meio a crescentes gastos com defesa.
Catherine Russell, diretora executiva da UNICEF, enfatizou a urgência de investir em profissionais de saúde, como parteiras e enfermeiros, para garantir que mães e bebês tenham acesso a cuidados adequados. O relatório da OMS também ressaltou que a pandemia de Covid-19 resultou em um aumento de 40 mil mortes maternas em 2021, exacerbando a crise de saúde materna em regiões vulneráveis, especialmente na África Subsaariana, onde 70% das mortes maternas ocorreram.
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