Cresce o número de mortes de motociclistas em São Paulo e Rio de Janeiro em 2024

São Paulo registrou em fevereiro de 2024 o maior número de mortes de motociclistas desde 2015, enquanto no Rio de Janeiro, três em cada quatro acidentes atendidos pelo Corpo de Bombeiros envolviam motos. A Bloomberg Philanthropies, em parceria com o governo paulista e outras prefeituras, busca implementar soluções baseadas em dados para reduzir esses acidentes, que também afetam outros países da América Latina, como México, Argentina e Colômbia.

Rebecca Bavinger, gerente de programas da Bloomberg Philanthropies, destacou que a organização não financia diretamente os governos, mas oferece assistência técnica especializada. Um exemplo de intervenção é a remodelação da plataforma Infosiga, que disponibiliza estatísticas sobre acidentes no estado de São Paulo. Além disso, a Bloomberg está colaborando com prefeituras de Campinas, Salvador e Recife para desenvolver estratégias de segurança no trânsito.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) apontou que, em 2021, cerca de trinta por cento das mortes no trânsito globalmente eram de motociclistas. A pandemia de Covid-19 contribuiu para um aumento nas fatalidades, pois muitas pessoas abandonaram o transporte público em favor das motocicletas. A situação é crítica em países como Vietnã, onde novas leis foram aprovadas para regulamentar a qualidade dos capacetes.

Em São Paulo, a Faixa Azul, uma iniciativa que cria faixas específicas para motos em áreas de alto tráfego, está sendo avaliada em parceria com universidades. Embora essa solução seja inovadora, ainda não há dados suficientes para determinar seu impacto na segurança dos motociclistas. A Bloomberg recomenda limites de velocidade de trinta quilômetros por hora em áreas movimentadas e sugere a implementação de controles de velocidade para aumentar a segurança no trânsito.