08 de abr 2025
Treinamento cognitivo digital melhora a funcionalidade de idosos com comprometimento leve
Estudo da UFRJ revela que neurogames podem melhorar a funcionalidade de idosos com comprometimento cognitivo leve, potencializando intervenções contra demência.
Léa Carvalhosa, de 74 anos, é uma das voluntárias do estudo realizado no Rio de Janeiro. (Foto: Ana Branco / Agencia O Globo)
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O aumento dos casos de demência, especialmente Alzheimer, é uma preocupação crescente devido ao envelhecimento da população. Um estudo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) revelou que o treinamento cognitivo digital, por meio de neurogames, pode ser uma intervenção eficaz para melhorar a funcionalidade de idosos com comprometimento cognitivo leve. Essa condição é um indicativo de risco elevado para demência, e a pesquisa sugere que intervenções precoces podem retardar o desenvolvimento da doença.
O estudo, conduzido pelo Laboratório de Neurociências e Aprimoramento Cerebral (LabNACe) da UFRJ, envolveu sessenta e seis participantes com mais de sessenta anos. Os voluntários foram divididos em dois grupos: um realizou exercícios de treinamento cognitivo digital, enquanto o outro jogou jogos online comuns. Os resultados mostraram uma melhoria de 21% na funcionalidade e um aumento de 36,75% no aprendizado entre os que participaram do treinamento cognitivo.
Os exercícios foram projetados para aprimorar funções executivas, essenciais para a autonomia e a tomada de decisões. Os participantes completaram quatro exercícios diferentes em sessões de quinze minutos, com recomendações de treinar pelo menos duas vezes por semana. A pesquisa destaca que, após o treinamento, os idosos se tornaram mais confiantes e capazes de realizar suas atividades diárias.
Além do treinamento cognitivo, um estudo da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) indicou que a musculação também pode proteger o cérebro de idosos contra a neurodegeneração. Os participantes que praticaram musculação apresentaram melhorias na memória e proteção contra atrofia em áreas cerebrais associadas à doença de Alzheimer. Essas descobertas reforçam a importância de intervenções não farmacológicas para a saúde cognitiva em idosos.
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