10 de abr 2025
Cadeia global de suprimentos de plástico enfrenta crise ambiental alarmante
Estudo revela que apenas 9% do plástico produzido globalmente é reciclado, destacando a urgência de ações para mitigar a crise ambiental.
RESÍDUO A maior parte do plástico produzido, 79%, vira lixo: material demora 400 anos para se decompor (Foto: Divulgação/Reprodução)
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Um estudo recente publicado na Communications Earth & Environment revelou que apenas 9% da produção global de plástico é reciclada, em meio a uma produção anual de 400 milhões de toneladas. A pesquisa, liderada pelo pesquisador Quanyin Tan, mapeou a complexa dinâmica da cadeia de suprimentos de plástico, destacando disparidades regionais e desafios de sustentabilidade. Em 2022, 98% dos plásticos virgens foram derivados de combustíveis fósseis, com carvão e petróleo como principais fontes.
Dos 268 milhões de toneladas de resíduos plásticos gerados em 2022, apenas 27,9% foram separados para reciclagem. A maior parte foi destinada a aterros sanitários (36,2%) ou incineradores (22,2%). Mesmo entre os plásticos coletados para reciclagem, apenas metade foi efetivamente reciclada, enquanto 41% foram incinerados e 8,4% acabaram em aterros. Apesar disso, a porcentagem total de resíduos plásticos enviados para aterros em 2022 foi de 40%, uma redução significativa em comparação com os 79% estimados entre 1950 e 2015.
A China se destaca como a principal produtora de plástico, respondendo por 40% da fabricação global, enquanto os Estados Unidos lideram em consumo per capita, com 216 kg por pessoa anualmente. As práticas de gestão de resíduos variam entre as regiões: a China apresenta uma alta taxa de incineração (60%) e baixa taxa de aterro (14%), enquanto os Estados Unidos dependem fortemente de aterros (76%) com uma taxa de reciclagem de apenas 5%.
O comércio global de plástico alcançou 436,66 milhões de toneladas em 2022, com países desenvolvidos, especialmente da União Europeia, sendo os principais importadores de resíduos plásticos, representando 52% das importações. Os pesquisadores ressaltam a importância de entender os fluxos de plástico para desenvolver políticas eficazes que promovam a gestão sustentável de recursos e a economia circular, enfatizando a necessidade urgente de aumentar as taxas de reciclagem e reduzir a dependência de matérias-primas fósseis.
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