22 de abr 2025
Uso de utensílios reutilizáveis combate a crise do plástico e suas consequências climáticas
A crise da poluição plástica está intimamente ligada à mudança climática, com a produção de plástico gerando emissões significativas de gases de efeito estufa. Especialistas, como Melissa Valliant, ressaltam que a fabricação de utensílios plásticos causa mais danos ambientais do que seu uso, e defendem a adoção de alternativas reutilizáveis. Valliant, diretora de comunicação do projeto Beyond Plastics, destaca que a produção de plástico contribui para o aquecimento global quatro vezes mais do que a aviação. O plástico, derivado de combustíveis fósseis, gera poluição do ar e da água durante sua produção, afetando desproporcionalmente comunidades de baixa renda e minorias étnicas, que enfrentam taxas mais altas de câncer devido à exposição a poluentes. Nos Estados Unidos, estima se que entre 36 bilhões e 40 bilhões de utensílios plásticos sejam utilizados anualmente. Apesar da crença de que a reciclagem possa mitigar os danos, apenas 9% do plástico produzido globalmente foi reciclado até 2018. A maioria acaba em aterros, onde pode levar até 500 anos para se decompor, liberando microplásticos que contaminam o solo e a água. A queima de utensílios plásticos também gera emissões de dióxido de carbono e outros poluentes, embora em menor escala do que os aterros. Valliant enfatiza que a solução não está na gestão de resíduos, mas na redução da produção de plástico desde o início. Alternativas como utensílios de bambu ou metal consomem menos energia e água na produção. A mudança de hábitos individuais, como optar por utensílios reutilizáveis, pode parecer insignificante, mas, se adotada em massa, pode gerar um impacto significativo. Valliant e outros especialistas alertam sobre os riscos dos microplásticos à saúde humana, associados a problemas como câncer e distúrbios hormonais. A urgência de políticas que forcem a redução do uso de plástico é cada vez mais evidente.
Foto de um trabalhador em uma plantação de café no Brasil. (Foto: Zoranm/iStockphoto/Getty Images)
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Crise do plástico e o clima: especialistas defendem redução de utensílios descartáveis
A produção de plástico contribui significativamente para a emissão de gases de efeito estufa e a poluição, intensificando a crise climática global. Especialistas alertam que a fabricação do material causa mais danos do que o seu uso, defendendo a adoção de alternativas reutilizáveis.
Melissa Valliant, diretora de comunicação da Beyond Plastics, ressalta que o plástico é derivado de combustíveis fósseis, liberando gases poluentes durante sua produção. Ela afirma que a produção de plástico aquece o planeta quatro vezes mais rápido que a aviação.
A especialista aponta que a fabricação de utensílios plásticos, como garfos e facas, utiliza subprodutos do petróleo e contribui para a poluição do ar e da água, além de gerar impactos ambientais desproporcionais em comunidades de baixa renda e minorias.
Apenas 9% de todo o plástico produzido no mundo – cerca de 9 bilhões de toneladas – foi reciclado, de acordo com um relatório da Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA). A maior parte do material descartado acaba em aterros sanitários, onde pode permanecer por até 500 anos.
Em aterros, o plástico se degrada lentamente, liberando microplásticos que podem contaminar o solo e a água. A queima de utensílios plásticos também libera dióxido de carbono e outros poluentes na atmosfera, embora em menor quantidade do que em aterros.
Para a professora Jillian Goldfarb, da Universidade Cornell, o problema central é a produção excessiva de plástico. Ela destaca que reduzir a produção e o uso do material é crucial para conter a crise. Alternativas como talheres de bambu, metal ou compostáveis demandam menos energia e recursos.
A simples substituição de talheres plásticos por reutilizáveis pode gerar um impacto significativo. Se cada pessoa evitar o uso de um garfo plástico de 5 gramas, seriam poupadas cerca de 200 mil toneladas de resíduos plásticos por ano, o equivalente ao peso de 889 Estátuas da Liberdade.
Estudos recentes detectaram a presença de microplásticos no sangue, pulmões, placentas e outros órgãos humanos, levantando preocupações sobre os potenciais efeitos nocivos à saúde, como câncer, distúrbios hormonais e problemas de fertilidade.
Diante desse cenário, especialistas defendem a necessidade de políticas públicas que incentivem a redução da produção de plástico e a adoção de alternativas sustentáveis, além de conscientizar a população sobre os impactos ambientais e na saúde associados ao uso do material.
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