Câncer de esôfago: diagnóstico tardio e prevenção são essenciais para a saúde

O servidor público Eduardo Chaffin, de 45 anos, foi diagnosticado com adenocarcinoma após anos ignorando sintomas como azia e dificuldade para engolir. Ele passou por uma cirurgia robótica para remoção do esôfago e está em recuperação. O câncer de esôfago é frequentemente assintomático em estágios iniciais e mais comum em homens.

Dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca) indicam que essa neoplasia é a sexta mais prevalente entre os brasileiros. O refluxo gastroesofágico e a obesidade são fatores de risco significativos. O cirurgião Flavio Takeda explica que a inflamação constante causada pelo refluxo pode levar a alterações celulares, resultando em condições como o esôfago de Barrett, que pode evoluir para câncer.

Chaffin, que evitou consultas médicas por mais de 15 anos, só buscou ajuda após sentir dor no estômago. Após uma endoscopia, foi diagnosticado com esôfago de Barrett, e a biópsia confirmou o câncer. Ele relata que, apesar do susto inicial, o tumor estava em estágio inicial, permitindo um bom prognóstico após a cirurgia.

Os principais sintomas do câncer de esôfago incluem dificuldade progressiva para engolir e perda de peso. O oncologista Antonio Cavaleiro destaca que o diagnóstico precoce é crucial, pois a taxa de sobrevida em cinco anos é inferior a cinco por cento em casos avançados. A prevenção envolve o controle do refluxo, obesidade e hábitos alimentares saudáveis.