Saúde

Piranhas: estudo revela que acidentes são raros e mitos sobre ataques são infundados

Piranhas, antes vistas como ameaças, têm sua imagem reavaliada: acidentes são raros e geralmente leves, revelam estudos recentes.

A piranha-caju (Pygocentrus nattereri) é encontrada na Amazônia Central (região de Manaus) e no Pantanal. (Foto: Wikimedia Commons)

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Uma pesquisa da médica-veterinária Patricia Tatiane Gomes, da Unesp de Botucatu, revela que acidentes com piranhas são raros e geralmente leves. O estudo, que analisou relatos de acidentes entre 2012 e 2022, indica que 82,27% das lesões foram superficiais, resultando em mordidas que apenas retiraram pedaços da pele. A maioria dos incidentes ocorre durante o período de reprodução, quando as fêmeas defendem suas proles.

Gomes mapeou 711 acidentes em todo o Brasil, destacando que apenas 0,7% resultaram em lesões graves. Os estados com mais ocorrências foram Tocantins, Roraima e São Paulo. A pesquisa também aponta que a ideia de piranhas devorando rapidamente um animal vivo é um mito, sem comprovação científica.

Durante a reprodução, as fêmeas liberam óvulos em vegetação aquática, atraindo humanos para áreas onde as piranhas estão presentes. As mordidas são uma forma de defesa, resultando em ferimentos arredondados conhecidos como "saca-bocado". Gomes estima que lesões mais sérias ocorram em apenas um a cada 147 acidentes.

A imagem negativa das piranhas, associada a filmes de terror e relatos históricos, como os de Theodore Roosevelt, contribuiu para o preconceito em relação a esses peixes. Gomes defende que reduzir esse estigma pode beneficiar a conservação das espécies nativas, ressaltando que o ser humano não faz parte da dieta de nenhum animal no Brasil.

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