15 de abr 2025
Poo Zoo: pesquisa inovadora transforma fezes em esperança para a conservação da biodiversidade
Professor Suzannah Williams lidera o projeto "Poo Zoo", que utiliza amostras de fezes para coletar dados genéticos de espécies ameaçadas, oferecendo uma alternativa não invasiva e promissora para a conservação da biodiversidade.
Chester Zoo (Foto: Reprodução)
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A professora Suzannah Williams, da Universidade de Oxford, lidera o projeto "Poo Zoo", que utiliza amostras de fezes para coletar células vivas de espécies ameaçadas. A iniciativa, lançada em outubro de 2024, visa oferecer uma alternativa não invasiva para a coleta de dados genéticos, em um contexto de declínio da biodiversidade, com uma média de 73% de redução nas populações de vida selvagem entre 1970 e 2020.
As fezes de animais contêm células intestinais que podem ser isoladas para análise genética. Tradicionalmente, a coleta de amostras requer a captura e anestesia dos animais, o que é estressante e regulado por leis. Williams afirma que a coleta de amostras fecais pode facilitar o monitoramento da diversidade genética, essencial para programas de conservação e reprodução.
Após testes com fezes de camundongos, a equipe se voltou para o desafio de trabalhar com fezes de elefantes, que apresentam dificuldades devido ao seu tamanho. A pesquisadora Dr. Rhiannon Bolton, em parceria com o Chester Zoo, desenvolveu métodos para isolar células de forma eficaz, superando obstáculos iniciais relacionados à contaminação e à qualidade das amostras.
Embora a pesquisa ainda esteja em desenvolvimento, Williams e Bolton acreditam que a técnica pode ser aplicada em diversas espécies, contribuindo para a conservação da biodiversidade. A coleta não invasiva de células fecais pode ajudar a evitar a perda de diversidade genética, um fator crucial para a sobrevivência das espécies em um cenário de extinção em massa.
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