Anvisa alerta sobre risco de hipertricose em bebês expostos ao minoxidil

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu um alerta sobre o risco de hipertricose em bebês expostos ao minoxidil, medicamento usado para tratar a alopecia androgênica. A recomendação é que as bulas incluam esse risco e que os pais evitem o contato das crianças com áreas onde o produto foi aplicado.

A hipertricose, caracterizada pelo crescimento anormal de pelos, foi associada à exposição ao minoxidil em diversos países da Europa. A Anvisa informou que o problema se normalizou após a interrupção do contato com o medicamento. A agência também orienta que profissionais de saúde alertem os pacientes sobre a necessidade de evitar que crianças toquem nas áreas tratadas.

Os primeiros casos de hipertricose relacionados ao minoxidil foram registrados em abril de 2023, na Espanha. Um bebê apresentou aumento de pelos nas costas e pernas, e a investigação revelou que o pai utilizava minoxidil a 5%. Após a suspensão do contato, os sintomas desapareceram completamente.

O minoxidil é aplicado topicamente em concentrações de 2% ou 5% e é amplamente utilizado para estimular o crescimento capilar. A Anvisa recomenda que os usuários do medicamento lavem as mãos após a aplicação e busquem orientação médica caso notem crescimento excessivo de pelos nas crianças.