16 de abr 2025
Salmões enfrentam riscos de poluição farmacêutica que alteram comportamento migratório
Pesquisas revelam que o clobazam acelera a migração de salmões, mas reduz suas respostas ao medo, aumentando a vulnerabilidade a predadores.
Foto de um homem em uma sala de aula, ensinando crianças. (Foto: Reprodução)
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Pesquisadores descobriram que a exposição ao clobazam, um benzodiazepínico, acelera a migração de salmões, mas reduz suas respostas naturais ao medo, aumentando a vulnerabilidade a predadores no oceano. O estudo foi publicado na revista Science em 10 de abril.
Os cientistas acompanharam mais de setecentos jovens salmões, conhecidos como smolts, durante sua migração no rio Dal, na Suécia. Os peixes expostos ao clobazam chegaram ao mar mais de duas vezes mais rápido que os do grupo controle, que não recebeu o medicamento. Essa mudança pode parecer benéfica, mas traz riscos.
O clobazam, encontrado em águas residuais, pode alterar comportamentos naturais, como a formação de cardumes, essencial para a proteção contra predadores. Os salmões sob a influência do medicamento nadaram mais afastados uns dos outros, indicando uma diminuição nas respostas de medo.
Embora a migração mais rápida possa ajudar os salmões a alcançar o mar, a redução do medo pode torná-los mais suscetíveis a predadores. O professor Christopher C. Caudill alertou que, apesar de mais salmões chegarem ao mar, isso não garante a saúde da população a longo prazo.
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