18 de abr 2025
Ezetimibe pode reduzir complicações após infarto se iniciado rapidamente, aponta estudo sueco
Combinação de ezetimibe e estatinas após infarto pode reduzir complicações e mortes, segundo estudo sueco. Novas diretrizes podem ser necessárias.
Novas pesquisas sugerem que uma intervenção precoce com dois medicamentos comuns e de baixo custo pode salvar vidas após um ataque cardíaco. (Foto: PixelCatchers/Getty Images)
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Novo estudo sueco aponta para tratamento mais eficaz após infarto
Pesquisadores da Suécia revelam que iniciar o uso do medicamento ezetimibe em conjunto com estatinas logo após um ataque cardíaco pode reduzir complicações e óbitos. O estudo, publicado no Journal of the American College of Cardiology em abril de 2025, sugere que essa combinação deve ser adotada como padrão no tratamento pós-infarto.
O ezetimibe atua diminuindo a absorção de colesterol LDL, conhecido como “colesterol ruim”, no intestino delgado. De acordo com a Biblioteca Nacional de Medicina, o LDL está associado ao entupimento das artérias e ao aumento do risco de doenças cardiovasculares.
A análise de dados de mais de 35 mil pacientes hospitalizados por infarto entre 2015 e 2022, através do registro SWEDEHEART, demonstrou resultados significativos. Pacientes que iniciaram o uso de ezetimibe juntamente com a terapia com estatinas dentro de 12 semanas após a alta hospitalar apresentaram menor risco de eventos cardiovasculares adversos graves (MACE).
Risco reduzido de complicações com tratamento precoce
Os eventos MACE incluem morte, novo ataque cardíaco ou acidente vascular cerebral (AVC). A incidência de MACE foi de 1,79 por 100 pacientes-ano no grupo que iniciou o ezetimibe precocemente, comparado a 2,58 no grupo que iniciou o tratamento tardiamente e 4,03 no grupo que nunca utilizou o medicamento.
A pesquisa categorizou os pacientes em três grupos: aqueles que iniciaram o ezetimibe dentro de 12 semanas, entre 13 semanas e 16 meses após a alta, e aqueles que nunca o receberam. A análise estatística utilizada minimizou possíveis vieses, simulando um ensaio clínico randomizado.
Especialistas reforçam a importância do controle do colesterol
O estudo reforça que uma abordagem gradual, começando com estatinas e adicionando ezetimibe apenas se as metas de colesterol não forem atingidas, pode atrasar a redução ideal do colesterol e aumentar os riscos. Aproximadamente 75% a 80% dos pacientes pós-infarto não atingem as metas de LDL apenas com estatinas.
Arun Manmadhan, cardiologista da Columbia University, ressalta que manter níveis baixos de colesterol LDL é crucial para prevenir novos eventos cardíacos e AVCs, especialmente em pacientes que já sofreram um ataque. O especialista defende que o tempo é um fator importante, e quanto mais rápido o colesterol for controlado, melhores serão os resultados.
Markyia Nichols, médica e especialista em estilo de vida, enfatiza que o colesterol é uma resposta do organismo e que a inflamação é o problema central. Ela recomenda investigar as causas da inflamação, como dieta inadequada, estresse e exposição a toxinas, e focar na nutrição para fornecer os nutrientes necessários para a saúde do coração.
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