Monte Wooden, 71, descobriu que tinha um nível muito alto de uma pequena partícula no sangue chamada Lp(a) depois de infartar. (Foto: Max Whittaker/The New York Times)

Monte Wooden, 71, descobriu que tinha um nível muito alto de uma pequena partícula no sangue chamada Lp(a) depois de infartar. (Foto: Max Whittaker/The New York Times)

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Medicamento experimental da Eli Lilly reduz em 94% partícula que aumenta risco cardíaco - Medicamento experimental da Eli Lilly reduz em 94% partícula que aumenta risco cardíaco

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Cerca de um em cada cinco indivíduos nos Estados Unidos, totalizando aproximadamente 64 milhões, apresentam níveis elevados de lipoproteína Lp(a) no sangue, o que pode aumentar significativamente o risco de ataques cardíacos e derrames. Apesar da gravidade, poucos estão cientes dessa condição, e a maioria dos médicos não realiza testes, pois até recentemente não havia opções de tratamento eficazes. No entanto, um novo medicamento experimental da Eli Lilly, chamado lepodisiran, demonstrou potencial para reduzir os níveis de Lp(a) em até 94% com uma única injeção, com efeitos duradouros de seis meses e sem efeitos colaterais significativos.

Ainda não está claro se a redução dos níveis de Lp(a) resulta em menor risco de eventos cardiovasculares, o que será avaliado em grandes ensaios clínicos em andamento, incluindo um estudo da Eli Lilly que deve ser concluído em 2029. Outras empresas, como a Novartis, também estão desenvolvendo tratamentos para Lp(a), com resultados esperados para 2026. Apesar do otimismo, cardiologistas alertam que não há garantias de que esses medicamentos realmente protejam os pacientes, lembrando que tentativas anteriores de aumentar o HDL, o "colesterol bom", não tiveram sucesso em reduzir doenças cardíacas.

A Lp(a) foi identificada como um fator de risco genético para doenças cardíacas em 1974, e níveis elevados podem dobrar o risco de ataques cardíacos. Pacientes com histórico familiar de doenças cardíacas inexplicáveis frequentemente apresentam altos níveis de Lp(a). O cardiologista Steven Nissen enfatiza a importância de testar Lp(a) em pacientes jovens com infartos, pois muitos têm níveis acima de 250 nanomoles por litro, bem acima do limite normal de 75.

A médica Martha Gulati destaca que apenas 0,3% da população dos EUA fez o teste de Lp(a), apesar de ser coberto por planos de saúde. Ela e outros especialistas recomendam que todos os adultos realizem esse exame. Para pacientes com níveis elevados, como o aposentado Monte Wooden, que teve um histórico familiar de doenças cardíacas, o tratamento agressivo de outros fatores de risco é crucial. Wooden, que participou de um ensaio clínico para novos medicamentos, não apresentou sintomas durante o estudo, mas enfrentou complicações após seu término, ressaltando a necessidade de mais pesquisas sobre a eficácia dos novos tratamentos.

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