Saúde

Mudanças cerebrais durante a gravidez podem explicar a depressão pós-parto

Estudo revela que experiências traumáticas no parto podem alterar áreas cerebrais, aumentando o risco de depressão pós parto em mães.

Estudo descobriu que a depressão pós-parto pode estar relacionada a alterações em áreas do cérebro envolvidas com emoções e estresse (Foto: Natalia Lebedinskaia/GettyImages)

Estudo descobriu que a depressão pós-parto pode estar relacionada a alterações em áreas do cérebro envolvidas com emoções e estresse (Foto: Natalia Lebedinskaia/GettyImages)

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Estudo aponta ligações entre parto traumático e alterações cerebrais em mulheres

Um estudo recente revelou que mulheres com depressão pós-parto apresentam aumento no volume do hipocampo e da amígdala direita, áreas do cérebro relacionadas às emoções e ao estresse. A pesquisa, publicada na revista Science Advances, investigou a relação entre experiências de parto traumáticas e alterações cerebrais.

Pesquisadores da Espanha utilizaram ressonância magnética para avaliar regiões cerebrais de 88 mulheres grávidas pela primeira vez, sem histórico de transtornos mentais. O estudo também incluiu um grupo controle com 30 mulheres que nunca tiveram filhos.

Experiência subjetiva do parto influencia a saúde mental

Mulheres que relataram experiências ruins durante o parto apresentaram aumento bilateral no hipocampo. Já aquelas com sintomas de depressão pós-parto tiveram aumento na amígdala cerebral direita. Segundo o estudo, o crescimento da amígdala direita está ligado ao aumento dos sintomas depressivos.

O ginecologista e obstetra Rômulo Negrini, do Hospital Israelita Albert Einstein, destaca a importância da descoberta. “A correlação da amígdala direita com a depressão pós-parto é relevante, pois a depressão requer tratamento”, afirma.

Depressão pós-parto afeta grande número de mulheres

De acordo com a pesquisa, entre 7% e 44% das mães descrevem o parto como traumático, 10% desenvolvem transtorno de estresse pós-traumático e 17% sofrem de depressão pós-parto. No Brasil, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) estima que cerca de 25% das mães são afetadas.

Apesar de não haver mudanças imediatas na prática clínica, os resultados reforçam a importância do monitoramento da saúde mental da gestante durante o pré-natal. “Se houver alto risco, posso fazer o exame logo após o parto e detectar alterações cerebrais antes da depressão aparecer”, propõe Negrini.

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