22 de abr 2025
Ethiopia enfrenta crise alimentar; WFP alerta para risco de catástrofe humanitária
### Linha fina: A falta de recursos pode deixar 3,6 milhões de etíopes sem ajuda alimentar, agravando a crise humanitária no país.
A Organização das Nações Unidas (ONU) Programa Mundial de Alimentos (PMA) afirmou que já alcançou três milhões de pessoas neste ano "diante de imensos desafios". (Foto: AFP)
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Crise humanitária na Etiópia: milhões correm risco de fome
A agência da ONU para assistência alimentar, Programa Mundial de Alimentos (WFP), alertou que 3,6 milhões de pessoas na Etiópia podem perder o acesso à ajuda alimentar devido à falta de financiamento. A situação é considerada crítica, com a população estando “a um choque de distância de uma catástrofe”.
A partir de maio, 650 mil mulheres e crianças deixarão de receber assistência vital por conta da suspensão do tratamento nutricional. O WFP informou que, sem recursos adicionais, a entrega de alimentos às famílias mais vulneráveis será interrompida em três meses.
A Etiópia ainda sofre as consequências de um conflito civil de dois anos na região de Tigray, encerrado em 2022. A violência persiste nas regiões de Amhara e Oromia, forçando centenas de milhares de pessoas a deixarem suas casas.
Além disso, o país enfrenta conflitos em países vizinhos, que geram um fluxo constante de refugiados. Uma seca prolongada no sudeste da Etiópia agrava ainda mais a crise, com o aumento da fome e da desnutrição em um país de 130 milhões de habitantes.
O WFP enfrenta um déficit de US$ 222 milhões (aproximadamente R$ 1,1 bilhão) para o período de abril a setembro. A agência ressaltou que, apesar da generosidade de alguns doadores, o financiamento total ainda é insuficiente.
A violência e a insegurança na região de Amhara também prejudicam as operações humanitárias, colocando em risco a vida de funcionários e dificultando o acesso a mais de 500 mil pessoas vulneráveis. Relatos indicam aumento de atividades criminosas, como roubo de veículos e ameaças.
A Etiópia também recebe milhares de refugiados do Sudão, Somália, Sudão do Sul e Eritreia, o que aumenta a pressão sobre os recursos do país.
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