22 de abr 2025
Universidade Metropolitana de Tóquio desenvolve técnica inovadora para detectar câncer através do movimento celular
Nova técnica da Universidade Metropolitana de Tóquio usa microscopia de contraste de fase para identificar células cancerígenas com 94% de precisão.
A soma dos ângulos de curvatura e a frequência de curvaturas rasas das movimentações das células podem ser usadas para diferenciar aquelas saudáveis das cancerosas. É o que mostrou um novo estudo. (Foto: Pexels)
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Nova técnica identifica células cancerígenas com alta precisão ao analisar seu movimento
Pesquisadores da Universidade Metropolitana de Tóquio, no Japão, desenvolveram um método inovador para identificar células cancerígenas. A técnica analisa o movimento celular, alcançando 94% de precisão no diagnóstico, conforme publicado em março na revista científica PLOS ONE. A descoberta pode aprimorar o diagnóstico do câncer e auxiliar na compreensão de processos biológicos como a cicatrização de tecidos.
Tradicionalmente, a análise de células cancerígenas foca em sua forma e conteúdo. No entanto, os cientistas ressaltam que as células são dinâmicas e seu movimento carrega informações importantes. A nova abordagem permite diferenciar células com base na motilidade, crucial para entender a metástase, processo em que as células cancerosas se espalham pelo corpo.
O grande diferencial da pesquisa reside no uso da “microscopia de contraste de fase”. A técnica permite observar as células em um ambiente mais natural, sem a necessidade de marcadores fluorescentes que podem alterar suas propriedades. Através da análise de imagens, os pesquisadores rastrearam as trajetórias individuais das células, avaliando a velocidade e a curvatura de seus movimentos.
No estudo, células de fibroblastos saudáveis e de fibrossarcoma maligno foram comparadas. Os resultados demonstraram que as células cancerígenas apresentam padrões de movimento sutilmente diferentes. Ao analisar a “soma dos ângulos de curva”, a frequência de curvas e a velocidade de migração, a equipe conseguiu prever a presença de células cancerígenas com alta precisão.
De acordo com os autores, a técnica não só oferece uma nova forma de discriminar células cancerígenas, mas também abre portas para a pesquisa de outras funções biológicas relacionadas à mobilidade celular. A equipe planeja investigar a aplicação do método em processos como a cicatrização de feridas e o crescimento de tecidos.
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