Saúde

Mudanças climáticas aumentam casos de asma de tempestade e alergias sazonais

Mudanças climáticas intensificam alergias sazonais, com eventos extremos como a "asma de tempestade" em Melbourne, aumentando riscos à saúde.

Aumentando os casos de alergia (Foto: Getty Images)

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Mudanças climáticas têm impactado a saúde humana, especialmente em relação a alergias sazonais. Um evento extremo ocorreu em Melbourne, Austrália, em 21 de novembro de 2016, quando uma tempestade causou um surto de "asma de tempestade", resultando em dez mortes. O fenômeno foi desencadeado pela decomposição de partículas de pólen durante a tempestade, que foram lançadas no ar, afetando gravemente a população.

Naquele dia, o número de atendimentos a pessoas com dificuldades respiratórias aumentou oito vezes em relação à média. A demanda por ambulâncias foi tão alta que muitos não conseguiram ser atendidos a tempo. O professor Paul Beggs, da Universidade Macquarie, descreveu o evento como "catastrófico" e sem precedentes. A asma de tempestade ocorre quando tempestades liberam proteínas do pólen, causando reações alérgicas, mesmo em pessoas sem histórico de asma.

Estudos recentes indicam que as temporadas de pólen estão se prolongando e intensificando devido ao aumento de dióxido de carbono (CO₂) na atmosfera. Em 2024, um estudo de Beggs analisou a relação entre mudanças climáticas e a asma de tempestade, confirmando que o aumento das temperaturas altera a sazonalidade do pólen e a exposição da população a alérgenos.

Previsões alarmantes indicam que, em 2025, os níveis de pólen em 39 estados americanos estarão acima da média histórica. A ambrósia, uma planta produtora de pólen, é um dos principais responsáveis pelas alergias sazonais, afetando cerca de 50 milhões de pessoas nos Estados Unidos. A temporada de pólen tem se estendido, com aumentos significativos em várias cidades da América do Norte.

Além disso, a expansão de espécies invasoras, como a ambrósia, está exacerbando o problema. A concentração de pólen no ar pode aumentar até quatro vezes até 2050, se as emissões de gases do efeito estufa não forem reduzidas. Especialistas alertam que, sem ações concretas, as mudanças climáticas continuarão a agravar a febre do feno, resultando em mais pessoas afetadas por alergias e eventos extremos de asma.

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