Saúde

Censo 2022 revela desafios urbanos para idosos e população em geral no Brasil

Censo 2022 revela desafios urbanos no Brasil, como falta de acessibilidade e arborização, impactando especialmente a população idosa.

Rua Bernardo Bontalente com a Rua Antônio do Vale, no Jardim Celeste, zona oeste de São Paulo, região que está sem pavimentação (Foto: Rafaela Araújo - 16.abr.2025/Folhapress)

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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou dados do Censo Demográfico de 2022, revelando características urbanísticas do entorno dos domicílios. As informações destacam desigualdades regionais e sociais, evidenciando problemas de infraestrutura que afetam a população, especialmente os idosos.

Cerca de 69% da população brasileira vive em áreas sem rampas para cadeirantes, embora tenha havido uma melhora em relação a 2010, quando esse número era de 95%. Os estados do Ceará e São Paulo apresentam a pior situação, com mais de 77% da população sem acesso a essa infraestrutura. Entre os idosos, quase 72% não têm acesso a rampas.

Além disso, dois terços da população e da população acima de 60 anos residem em vias com calçadas obstruídas. No Rio Grande do Sul, quase 30% das pessoas vivem em ruas sem obstáculos. Em Sergipe e Rio Grande do Norte, cerca de 80% dos idosos enfrentam esse problema.

A drenagem das vias é outra questão crítica. Quase 54% da população mora em áreas com drenagem, um aumento em relação a 39% em 2010. A região Sul se destaca, com 80% das vias adequadas, enquanto menos de um terço das vias no Nordeste possui bueiros, sendo o Piauí o mais afetado, com apenas 12%.

A iluminação pública é a característica urbanística com maior cobertura, atingindo 97,5% da população. O Programa Luz para Todos, criado em 2003, contribuiu para essa expansão. Por outro lado, um terço da população vive em áreas sem arborização, com 45% na região Norte sem árvores.

Esses dados revelam a falta de preparo das cidades para o envelhecimento populacional e eventos climáticos extremos. A ausência de infraestrutura adequada aumenta o risco de quedas e agrava os efeitos das ondas de calor, que têm se tornado mais frequentes. O Censo de 2022 oferece um panorama detalhado que deve ser considerado por gestores públicos para planejar ações que garantam uma velhice saudável e um ambiente urbano mais seguro.

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