Saúde

Cresce o uso de drogas em práticas sexuais entre homens e os riscos à saúde aumentam

A prática do chemsex cresce em gravidade, com aumento de atendimentos por psicose e overdose, revelando a urgência de suporte adequado.

Composição visual criada por Sandro Bedini como parte de sua jornada para superar o uso problemático de chemsex e a dependência de metanfetamina. (Foto: Sandro Bedini)

Composição visual criada por Sandro Bedini como parte de sua jornada para superar o uso problemático de chemsex e a dependência de metanfetamina. (Foto: Sandro Bedini)

Ouvir a notícia

Cresce o uso de drogas em práticas sexuais entre homens e os riscos à saúde aumentam - Cresce o uso de drogas em práticas sexuais entre homens e os riscos à saúde aumentam

0:000:00

O uso problemático de chemsex aumentou em 2024, com 340 novos atendimentos em um centro de saúde em Barcelona. Essa prática, que envolve o uso de drogas para prolongar a atividade sexual, está associada a riscos elevados de infecções sexualmente transmissíveis e problemas de saúde mental, especialmente entre homens que fazem sexo com homens.

Profissionais de saúde alertam para o agravamento das consequências, como psicose e overdose. O psicólogo Toni Gata, do BCN Checkpoint, observa que a situação atual é muito mais grave do que em anos anteriores. “Mais da metade dos novos atendimentos envolve usuários que já injetaram drogas, o que traz complicações sérias”, afirma.

A falta de infraestrutura de saúde adequada para lidar com o chemsex é uma preocupação crescente. Jorge García, da unidade de infecções sexualmente transmissíveis do Drassanes-Vall d’Hebron, destaca que não há dados precisos sobre mortes relacionadas ao chemsex, mas os problemas de saúde mental e as overdoses são alarmantes. “Estamos vendo um aumento em casos de transtornos psicóticos e delirium”, acrescenta.

Causas e Consequências

Os especialistas apontam que o chemsex pode ser uma forma de socialização, mas também serve como um escape para problemas emocionais, como baixa autoestima e solidão. O uso de substâncias como metanfetamina e GHB está associado a um ciclo de dependência que afeta a saúde mental e as relações interpessoais.

A falta de apoio psicológico e a estigmatização enfrentada pela comunidade LGBTQ+ dificultam a busca por ajuda. “Os serviços de saúde pública muitas vezes não são acolhedores e isso impede que as pessoas busquem tratamento”, afirma Ovi Leonarte, ativista da Aliança pela Liberdade e Ética Psicoativa.

Necessidade de Ação

A resposta das instituições de saúde tem sido insuficiente. Organizações não governamentais tentam preencher as lacunas, mas enfrentam dificuldades devido à alta demanda. Luis Villegas, diretor da ONG Stop, relata que há uma lista de espera significativa para programas de acolhimento. “A única forma de agir é através da cooperação entre os setores”, conclui.

A situação exige uma abordagem mais integrada e sensível às necessidades da comunidade. Especialistas defendem que o foco deve ser na pessoa e em seu contexto, não apenas nas substâncias utilizadas.

Meu Tela
Descubra mais com asperguntas relacionadas
crie uma conta e explore as notícias de forma gratuita.acessar o meu tela

Perguntas Relacionadas

Participe da comunidadecomentando
Faça o login e comente as notícias de forma totalmente gratuita
No Portal Tela, você pode conferir comentários e opiniões de outros membros da comunidade.acessar o meu tela

Comentários

Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.

Meu Tela

Priorize os conteúdos mais relevantes para você

Experimente o Meu Tela

Crie sua conta e desbloqueie uma experiência personalizada.


No Meu Tela, o conteúdo é definido de acordo com o que é mais relevante para você.

Acessar o Meu Tela