30 de abr 2025
Ftalatos podem ter causado 350 mil mortes por doenças cardíacas em 2018, aponta estudo
Ftalatos, presentes em plásticos, podem ter causado mais de 368 mil mortes por doenças cardíacas em 2018. Estudo revela riscos alarmantes à saúde.
Embalagens de carne (Foto: Chang W. Lee/The New York Times)
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Um novo estudo publicado na revista eBioMedicine revela que os ftalatos, produtos químicos comuns em plásticos, podem ter contribuído para 368.764 mortes por doenças cardíacas em 2018 entre pessoas de 55 a 64 anos. Os pesquisadores da Escola de Medicina Grossman da Universidade de Nova York (NYU) estimaram que esses compostos estão associados a mais de 10% da mortalidade global nessa faixa etária.
Os ftalatos são utilizados em diversos produtos, como embalagens de alimentos, xampus e brinquedos. Eles são conhecidos por serem desreguladores endócrinos, interferindo na função hormonal e aumentando o risco de doenças cardiovasculares. O autor sênior do estudo, Leonardo Trasande, destacou que esses químicos podem causar inflamação nas artérias coronárias, acelerando doenças existentes e levando a eventos agudos, incluindo a morte.
A pesquisa focou no Di(2-etilhexil)ftalato (DEHP), um dos ftalatos mais estudados. Os dados foram coletados de 200 países, e a análise revelou que a África foi responsável por 30% das mortes atribuídas ao DEHP, enquanto o Leste Asiático e o Oriente Médio representaram 25%. Apesar das descobertas, especialistas alertam que o estudo se baseou em modelagens estatísticas, o que dificulta a determinação exata da relação entre ftalatos e mortalidade.
Embora a pesquisa indique uma correlação significativa, ainda são necessários mais estudos para entender melhor os efeitos dos ftalatos na saúde. Os pesquisadores sugerem que uma abordagem mais robusta poderia incluir o acompanhamento de uma amostra representativa da população ao longo do tempo. Além disso, é importante considerar outros fatores que podem influenciar a saúde cardiovascular, como hábitos alimentares e condições socioeconômicas.
A exposição aos ftalatos pode ser reduzida evitando plásticos, utilizando produtos sem fragrâncias e preferindo materiais como vidro e aço inoxidável para armazenamento de alimentos. As evidências sobre os riscos à saúde associados aos ftalatos reforçam a necessidade de ações para limitar sua presença na cadeia de produção.
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