30 de abr 2025
Cresce o número de brasileiros com problemas relacionados a jogos de azar e apostas
Quase 11 milhões de brasileiros enfrentam problemas com jogos de azar, revelando um grave desafio de saúde pública no país.
Jogo caça-níquel Fortune Tiger, conhecido como jogo do tigrinho (Foto: Matheus Moreira)
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Quase 11 milhões de brasileiros enfrentam problemas com jogos de azar, segundo estudo da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). O levantamento, apresentado em evento recente, revela que um em cada oito jogadores apresenta transtorno do jogo, com maior incidência no Nordeste.
A pesquisa identificou que os chamados "jogadores de risco" são aqueles cuja atividade de apostas gera prejuízos emocionais, familiares, financeiros ou profissionais. Os dados são alarmantes, especialmente considerando que os últimos levantamentos científicos sobre o tema datam de quase 20 anos.
O aumento das apostas online no Brasil, impulsionado pela legalização dos jogos de azar, transformou o vício em jogo em uma questão de saúde pública. Especialistas afirmam que a dependência de jogos é tão grave quanto a dependência de álcool e tabaco. A maioria da população brasileira, no entanto, não se envolve em apostas.
O psiquiatra Hermano Tavares, da Universidade de São Paulo (USP), destaca que o vício em jogos é o terceiro mais comum no país, superado apenas pelo álcool e pelo tabaco. A situação se agravou durante a pandemia, e a rede pública de saúde ainda não está preparada para lidar com esse problema crescente.
Apesar do crescimento das apostas online, a loteria continua sendo a modalidade mais popular no Brasil. As filas nas lotéricas, especialmente em dias de sorteio da Mega da Virada, são um reflexo desse fenômeno. A pesquisa da Unifesp traz à tona a necessidade urgente de atenção a essa questão, que afeta milhões de brasileiros.
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