Saúde

Transplantes fecais mostram potencial no tratamento de alcoolismo grave em estudo clínico

Transplantes fecais podem reduzir o consumo de álcool em homens com cirrose hepática, segundo estudo da Universidade Virginia Commonwealth.

Alcoolismo (Foto: Getty Images)

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Pesquisadores da Universidade Virginia Commonwealth, nos Estados Unidos, descobriram que transplantes fecais podem ser eficazes no tratamento do transtorno por uso de álcool em homens com cirrose hepática. Um estudo preliminar de fase 1 indicou que essa abordagem reduziu o consumo de álcool em pacientes. Atualmente, um ensaio clínico de fase 2 está em andamento, com a participação de cerca de 80 indivíduos.

O estudo inicial, publicado na revista Hepatology em 2020, envolveu vinte homens com cirrose hepática relacionada ao álcool. Os participantes foram divididos em dois grupos: um recebeu um transplante fecal ativo, enquanto o outro recebeu um placebo. Após seis meses, nove dos dez que receberam o transplante apresentaram melhorias significativas, incluindo redução na abstinência e diminuição de metabólitos relacionados ao álcool na urina.

Avanços na Pesquisa

O ensaio clínico de fase 2, que já conta com 70% dos participantes recrutados, busca avaliar a eficácia e segurança do tratamento em um grupo maior. Os resultados iniciais devem ser divulgados em 2026. O professor Jasmohan Bajaj, da Divisão de Gastroenterologia, destacou que o transplante de microbioma fecal pode ser uma alternativa promissora para pessoas com dependência de álcool, uma condição frequentemente estigmatizada.

A pesquisa se baseia na crescente evidência de que a microbiota intestinal influencia a saúde mental e comportamental. Estudos anteriores em animais sugerem que o transplante fecal pode melhorar comportamentos negativos associados ao consumo de álcool. Além disso, os pesquisadores estão em busca de doadores com microbiomas mais eficazes para potencializar os resultados do tratamento.

O estudo representa um avanço significativo na compreensão do eixo intestino-cérebro e suas implicações no tratamento de dependências.

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