Saúde

Crianças enfrentam bullying e discriminação em escolas brasileiras, revela pesquisa do MEC

Cenário alarmante: 77% dos professores presenciam bullying nas escolas, enquanto casos de discriminação aumentam, afetando a saúde mental dos alunos.

Criança vítima de bullying: levantamento do MEC aponta relatos constantes da prática em escolas (Foto: Pixabay)

Criança vítima de bullying: levantamento do MEC aponta relatos constantes da prática em escolas (Foto: Pixabay)

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Camila, uma aluna de 11 anos, sofreu bullying severo na escola, resultando em crises de ansiedade. Em um dia chuvoso, foi forçada a esperar o ônibus fora de uma área coberta por colegas. Este caso reflete um problema crescente nas escolas brasileiras, onde oito em cada dez professores relataram ter presenciado situações de discriminação e violência entre alunos, segundo dados do Ministério da Educação (MEC) de 2023.

A pesquisa revelou que apenas 23% dos professores não relataram casos de bullying em suas instituições. O Distrito Federal é a região mais afetada, com apenas 12% dos docentes afirmando não ter presenciado essa prática. A especialista Luciene Tognetta, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), destaca que muitos casos ocorrem fora da vista dos professores, dificultando a identificação e a intervenção.

O pai de Camila, que agora é ex-aluna do Centro de Ensino Fundamental Caseb, criticou a falta de ação da direção da escola. Ele relatou que uma secretária sugeriu registrar o roubo do estojo da filha em uma delegacia, em vez de tomar medidas imediatas. A Secretaria de Educação do DF afirmou que o caso foi acompanhado e que a equipe pedagógica prestou suporte necessário.

Além disso, a pesquisa indicou que 44% dos professores relataram discriminação poucas vezes, enquanto 7% afirmaram que isso ocorreu muitas vezes. A situação é alarmante, especialmente no segundo ciclo do ensino fundamental, onde o bullying é mais prevalente. Tognetta ressalta que o ano de 2023 foi marcado por um aumento nos casos de ansiedade entre crianças e adolescentes, refletindo a crise de convivência nas escolas.

A pesquisadora defende a necessidade de uma política pública nacional para combater o bullying e promover a convivência nas escolas, já que atualmente existem apenas iniciativas isoladas que abordam o tema de forma sistemática.

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