Homens evitam cuidados médicos e enfrentam riscos crescentes à saúde cardíaca

Pesquisas recentes indicam que homens são mais propensos a evitar cuidados médicos, o que pode resultar em consequências graves, especialmente em relação a doenças cardiovasculares. Um estudo da Cleveland Clinic revelou que 72% dos homens preferem realizar tarefas domésticas a consultar um médico. Essa resistência pode ser atribuída a fatores como medo, negação e uma visão equivocada sobre masculinidade.

Sintomas como fadiga crônica, dor no peito, edema nas extremidades, intolerância ao exercício e disfunção erétil são sinais críticos que não devem ser ignorados. O diretor do Preston Robert Tisch Center for Men’s Health, Steven Lamm, alerta para a importância de não subestimar a saúde. Ele recomenda que os homens conheçam suas taxas de pressão arterial, colesterol e açúcar no sangue.

A fadiga crônica, por exemplo, está associada a um risco 2,7 vezes maior de ataque cardíaco em cinco anos. Além disso, a saúde mental, como a depressão, está ligada a um aumento do risco cardiovascular. O tratamento da depressão pode, inclusive, reduzir esse risco.

Sintomas a Observar

A dor no peito é um sinal sério que pode indicar um ataque cardíaco. Muitas vezes, esses sintomas são confundidos com problemas digestivos ou ansiedade. Lamm enfatiza a importância de procurar atendimento médico ao sentir dor no peito, pois isso pode ser um indicativo de problemas coronários.

O edema nas extremidades, que pode ser um sinal de insuficiência cardíaca, também deve ser monitorado. Caso se torne crônico, é essencial buscar avaliação médica. A intolerância ao exercício, acompanhada de falta de ar, pode indicar bloqueios nas artérias coronárias.

A disfunção erétil é outro sintoma que não deve ser ignorado. Ela pode ser um sinal de aterosclerose, indicando problemas cardiovasculares. Lamm destaca que a ausência de ereções matinais regulares, especialmente após os quarenta anos, deve levar a uma consulta médica para avaliação da saúde cardíaca.