Saúde

Homens 'machões' enfrentam riscos à saúde cardiovascular, revela estudo da Universidade de Chicago

Estudo da Universidade de Chicago revela que masculinidade hegemônica afeta saúde. Homens que seguem estereótipos de gênero evitam cuidados médicos e diagnósticos. Normas sociais ligadas à masculinidade dificultam a busca por tratamento adequado. Comportamentos de risco, como sedentarismo, aumentam problemas cardiovasculares. Campanhas de conscientização podem ajudar a prevenir doenças desde a adolescência.

O arquétipo do 'macho' pode colocar em risco a saúde cardiovascular dos homens desde a adolescência e a fase adulta jovem. (Foto: Freepik)

O arquétipo do 'macho' pode colocar em risco a saúde cardiovascular dos homens desde a adolescência e a fase adulta jovem. (Foto: Freepik)

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As expectativas sociais ligadas à masculinidade hegemônica têm um impacto negativo na saúde dos homens, especialmente em relação a doenças cardiovasculares. Um estudo da Universidade de Chicago, publicado na Jama Network, revela que homens que adotam comportamentos associados ao "machão" desde a adolescência têm menos probabilidade de relatar diagnósticos de fatores de risco cardiovascular na vida adulta. Nathaniel J. Glasser, autor do estudo, destaca que essa socialização pode levar à evitação de cuidados médicos, motivada por medo ou vergonha.

A relutância em buscar ajuda médica é comum entre homens jovens que internalizam ideais de masculinidade, segundo Carolina Ortiz, da Sociedade Espanhola de Cardiologia. Jorge Marcos, professor da Universidade de Alicante, complementa que essa resistência está ligada à percepção de que reconhecer problemas de saúde é um sinal de fraqueza, o que limita a busca por tratamento adequado. O estudo aponta que homens mais alinhados a esses estereótipos apresentam 11% menos probabilidade de receber tratamento para hipertensão e 10% menos para diabetes.

Além disso, a pesquisa indica que homens que se identificam fortemente com a masculinidade hegemônica tendem a ter menos diagnósticos de doenças como hipertensão e diabetes. Isso sugere que a expressão de gênero masculina pode estar relacionada à invisibilidade diagnóstica, dificultando o reconhecimento de sintomas e a adesão a tratamentos. Dados da Fundação Espanhola do Coração mostram que homens com menos de 50 anos têm maior incidência de doenças cardiovasculares em comparação às mulheres.

Os fatores sociais, como o sedentarismo e o consumo excessivo de álcool, também contribuem para essa realidade. Jorge Marcos enfatiza que a socialização de gênero promove comportamentos prejudiciais à saúde, resultando em um ciclo vicioso que aumenta o risco cardiovascular. A pesquisa sugere que, com a idade, os homens podem se tornar mais receptivos a reconhecer doenças e buscar tratamento, o que abre espaço para campanhas de conscientização desde a adolescência, visando normalizar a busca por ajuda médica.

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