04 de mai 2025
Hospital confirma morte encefálica de criança após complicações de tumor cerebral
Morte encefálica de atriz mirim após 12 paradas cardíacas levanta questões sobre diagnóstico e tratamento de tumores cerebrais em crianças.
Millena Brandão, de 11 anos, morreu nessa sexta, 2, após diagnóstico de tumor cerebral (Foto: @millenamboficial via Instagram)
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Na tarde da última sexta-feira, 2, o Hospital Geral do Grajaú confirmou a morte encefálica de uma atriz mirim de 11 anos, diagnosticada com um tumor cerebral. O caso gerou preocupação devido à gravidade da condição e ao número incomum de paradas cardíacas: foram 12 antes do óbito.
De acordo com a oncologista pediátrica Viviane Sonaglio, os tumores cerebrais são o segundo tipo mais comum de câncer em crianças, atrás apenas das leucemias. Tumores localizados em áreas críticas do cérebro podem causar aumento da pressão intracraniana, levando a complicações graves. No caso da atriz, o tumor tinha 5 centímetros, o que pode ter contribuído para a pressão interna elevada.
A neurologista Ana Carolina Gomes destacou que o número elevado de paradas cardíacas em sequência é raro em crianças. Para entender as causas desse quadro, seria necessário analisar o prontuário médico da paciente. Possíveis fatores incluem arritmias, doenças metabólicas e distúrbios hidroeletrolíticos. A decisão de reanimar um paciente depende de diversos fatores, como a idade e a resposta do corpo.
Diagnóstico e Tratamento
O diagnóstico precoce de tumores cerebrais é desafiador, pois os primeiros sinais são vagos e podem ser confundidos com doenças comuns da infância. Sintomas como dor de cabeça frequente e alterações de visão podem passar despercebidos. O sistema de saúde, muitas vezes fragmentado, contribui para atrasos no diagnóstico.
Sonaglio enfatizou que, em casos agudos como o da atriz, o diagnóstico é feito em situações críticas, dificultando o planejamento de cuidados. O tratamento de tumores cerebrais em crianças deve ser multidisciplinar, envolvendo cirurgias e, em alguns casos, quimioterapia e radioterapia, sempre considerando a idade e a localização do tumor.
A cirurgia é geralmente o primeiro passo, pois a remoção do tumor aumenta as chances de cura. No entanto, a localização delicada de alguns tumores pode inviabilizar essa opção. O acompanhamento contínuo é essencial para garantir um tratamento eficaz e minimizar sequelas.
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