04 de mai 2025
Menopausa e cérebro: pesquisa revela riscos e desafios para mulheres na saúde mental
Menopausa e saúde cerebral ganham destaque com novo projeto de $50 milhões e livro de Lisa Mosconi, enquanto pesquisa ainda é escassa.
Lisa Mosconi, em sua casa no Bronx (Nova Iorque) em fevereiro passado. (Foto: Corrie Aune)
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A relação entre menopausa e saúde cerebral ganha destaque com a aprovação de uma proposta pelo Parlamento espanhol para cuidados abrangentes nessa fase da vida. A neurocientista Lisa Mosconi, reconhecida como uma das cientistas mais influentes do mundo, lançou seu livro Menopause and the Brain e apresentou o projeto CARE, que conta com um orçamento de 50 milhões de dólares.
Mosconi, professora de neurociência na Universidade Cornell, enfatiza a importância de abordar a menopausa de forma mais abrangente. Desde 2010, ela investiga a conexão entre menopausa e cérebro, um tema que recebeu pouco financiamento, especialmente nos Estados Unidos, onde menos de 10 milhões de dólares foram alocados para pesquisa em 2019. A cientista considera a aprovação da proposta na Espanha um avanço significativo.
A neurocientista alerta que a menopausa não é uma doença, mas sim uma transição neuroendócrina. Cerca de 80% das mulheres experimentam sintomas cerebrais, como nevoeiro cerebral e lapsos de memória. Além disso, a menopausa pode ser um fator desencadeante para doenças como o Alzheimer, especialmente em mulheres que passam pela menopausa precocemente.
Mosconi destaca que mulheres negras e hispânicas têm um risco maior de desenvolver demência, mas a pesquisa nessa área ainda é escassa. Ela defende que o acesso a tratamentos é crucial, já que apenas um em cada cinco residentes médicos nos EUA recebeu treinamento sobre menopausa. A cientista sugere que a terapia hormonal pode ser uma opção segura se administrada corretamente, mas também ressalta a importância de ajustes no estilo de vida e de uma mentalidade positiva.
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