07 de mai 2025
Operadoras de saúde registram lucro de R$ 11,1 bilhões e crescimento no setor em 2024
Setor de planos de saúde registra lucro de R$ 11,1 bilhões em 2024, com sinistralidade em queda e recuperação após desafios financeiros.
Em março, Amil e SulAmérica foram as empresas que mais cresceram em número de usuários (Foto: Editoria de Arte)
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As operadoras de planos de saúde no Brasil registraram um lucro líquido de R$ 11,1 bilhões em 2024, um aumento de 271% em relação ao ano anterior. O resultado foi divulgado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e representa a melhor performance do setor desde o início da pandemia de covid-19.
O balanço financeiro mostra que a sinistralidade, que mede o percentual das mensalidades utilizadas para despesas assistenciais, atingiu 82,2%, o menor índice desde 2018. A ANS destacou que a recuperação foi observada em todas as modalidades, exceto nas autogestões. O diretor de Normas e Habilitação das Operadoras da ANS, Jorge Aquino, afirmou que os dados refletem um setor que se reequilibra financeiramente após os desafios enfrentados nos últimos anos.
Crescimento e Desafios
Em março de 2024, o setor contava com 52,1 milhões de usuários. Apesar do aumento líquido de 0,2% nas carteiras, algumas operadoras enfrentaram perdas. A Hapvida, líder do mercado, perdeu 33 mil clientes, enquanto a Bradesco Saúde viu sua carteira encolher em 63 mil vidas. Em contrapartida, a Amil foi a operadora que mais cresceu, adicionando 101 mil novos consumidores.
A SulAmérica também teve um desempenho positivo, com um aumento de 63 mil vidas. A Amil terminou o primeiro trimestre com 3,139 milhões de beneficiários, apenas 256 mil a mais que a SulAmérica, que está se aproximando da concorrente. A diferença de um ano atrás era de 438 mil vidas.
Expectativas para o Futuro
O cenário financeiro das operadoras é considerado mais sustentável, mas a Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde) alertou sobre a necessidade de gestão eficiente. A entidade também mencionou que a saúde suplementar foi intensamente desafiada pela pandemia e que mudanças legislativas impactaram as coberturas oferecidas.
A Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp) criticou a retenção de pagamentos aos hospitais, destacando que parte do lucro das operadoras vem da melhoria de eficiência, mas também da estratégia de contenção de custos. O setor aguarda que os resultados positivos se reflitam também nos serviços prestados pelos hospitais.
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