Saúde

Crianças com síndrome congênita do vírus Zika enfrentam graves desafios e falta de apoio

Mães de crianças com síndrome congênita do Zika lutam por indenizações após veto de Lula a projeto de lei que previa pensões.

Primeiro caso de zika no Brasil foi confirmado em abril de 2015 (Foto: Dev/Getty Images)

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A síndrome congênita associada à infecção do vírus Zika (SCZ) completa uma década, afetando principalmente crianças do Nordeste do Brasil. Desde a epidemia de 2015-2016, essas crianças enfrentam graves sequelas, como a microcefalia, e suas famílias lidam com dificuldades financeiras e de assistência médica.

Atualmente, mães de crianças com SCZ, como Angélica Oliveira, relatam endividamento extremo para cobrir despesas médicas. Angélica, que cuida de sua filha em Salvador, afirma ter uma dívida de R$ 180 mil e gastos anuais de cerca de R$ 100 mil. A pensão que recebem, de um salário mínimo, não é suficiente para arcar com as necessidades básicas, como planos de saúde e terapias.

A situação se agrava com o veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao projeto de lei que previa indenizações e pensões para essas famílias. O projeto, que já havia sido aprovado pelo Congresso, propunha uma indenização de R$ 50 mil e uma pensão mensal no teto do INSS, mas foi vetado em janeiro de 2024. As associações de mães, como a Unizika, mobilizam-se para derrubar o veto, alegando que a falta de assistência tem levado à morte de crianças com SCZ.

Mobilização e Esperança

A votação para derrubar o veto está marcada para o dia 27 de maio. As mães esperam que a medida traga alívio financeiro e melhore a qualidade de vida de suas crianças. A senadora Mara Gabrilli, autora do projeto, destaca que o país deve reparação às famílias afetadas pela SCZ, argumentando que os custos para implementar a pensão seriam baixos.

Desde 2017, a assistência às crianças com SCZ tem piorado, segundo Germana Soares, fundadora da União Mães de Anjos. Ela afirma que a falta de serviços e profissionais capacitados tem contribuído para um aumento no número de óbitos. A pesquisa da Fiocruz revela que essas crianças têm 22 vezes mais risco de morte.

A epidemia de Zika, que afetou mais de 1,5 milhão de pessoas, deixou um legado de vulnerabilidade. As mães continuam lutando por melhores condições de tratamento e inclusão, enfrentando um sistema de saúde que, segundo elas, não prioriza suas necessidades.

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