11 de mai 2025
Casos de Parkinson no Brasil devem dobrar até 2060, alertam pesquisadores
Casos de Parkinson no Brasil devem dobrar até 2060, com novas terapias avançadas prometendo melhorar o tratamento da doença.
Parkinson é a segunda doença neurodegenerativa mais comum no mundo (Foto: Visoot Uthairam/Getty Images)
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Os casos de doença de Parkinson no Brasil devem dobrar até 2060, passando de aproximadamente 500 mil para 1,2 milhão, segundo um estudo publicado no The Lancet Regional Health. A pesquisa, realizada por cientistas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e outras instituições, analisou dados de quase 10 mil pessoas em todo o país.
Apesar do aumento previsto, a doença continua sendo subdiagnosticada, especialmente em estágios iniciais. A condição é causada pela degeneração de células que produzem dopamina, levando a sintomas como tremores e rigidez muscular. O principal fator de risco é o envelhecimento, mas a exposição a produtos químicos também pode contribuir.
O tratamento atual visa controlar os sintomas, utilizando medicamentos, fisioterapia e atividade física. Após sete ou oito anos, muitos pacientes enfrentam limitações funcionais. O neurologista Rubens Cury, do Hospital Israelita Albert Einstein, destaca que, nessa fase, é necessário considerar terapias avançadas.
Novas Opções de Tratamento
Para pacientes que não respondem mais ao tratamento clínico, existem novas opções:
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Estimulação Cerebral Profunda (DBS): Técnica cirúrgica que implanta eletrodos no cérebro, modulando os sinais que causam os sintomas. É eficaz no controle de tremores e lentidão, mas pode ser contraindicado para pacientes idosos ou com complicações.
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Ultrassom Focado de Alta Intensidade (HIFU): Procedimento menos invasivo que melhora os tremores em cerca de 70% dos casos. Realizado sob ressonância magnética, causa uma lesão térmica no tálamo, mas não cura a doença.
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Terapia de Infusão Dopaminérgica: Consiste na infusão contínua de medicamentos por meio de uma bomba subcutânea. Essa abordagem é indicada para pacientes com flutuações de sintomas, mas ainda não foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Essas novas opções visam melhorar a qualidade de vida dos pacientes, que enfrentam desafios significativos à medida que a doença avança.
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