Saúde

Mudanças climáticas acentuam desigualdades sociais, alerta climatologista Friederike Otto

Mudanças climáticas e desigualdade social se entrelaçam em "Climate Injustice", novo livro de Friederike Otto, que destaca o impacto em grupos vulneráveis.

A cientista climática alemã radicada na Inglaterra Friederike Otto, fundadora do grupo WWA (World Weather Attribution), que pesquisa a influência das mudanças climáticas em eventos extremos (Foto: Divulgação)

A cientista climática alemã radicada na Inglaterra Friederike Otto, fundadora do grupo WWA (World Weather Attribution), que pesquisa a influência das mudanças climáticas em eventos extremos (Foto: Divulgação)

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A climatologista alemã Friederike Otto lançou seu livro inédito no Brasil, "Climate Injustice", que aborda a relação entre desigualdade social e mudanças climáticas. A obra destaca como mulheres e grupos marginalizados são os mais afetados por eventos climáticos extremos.

Otto, cofundadora do World Weather Attribution (WWA), é reconhecida por seus estudos sobre a atribuição de eventos climáticos. Ela utiliza observações meteorológicas e modelagem computacional para quantificar a influência das mudanças climáticas na probabilidade e intensidade de desastres naturais. Recentemente, o WWA completou seu centésimo estudo, incluindo a análise das chuvas que devastaram o Rio Grande do Sul no ano passado.

Em entrevista, Otto afirmou que "os mais marginalizados são os que pagam o preço mais alto dos eventos extremos". Ela enfatiza que as mulheres, frequentemente responsáveis por cuidar dos vulneráveis e trabalhar em condições precárias, enfrentam os impactos mais severos das crises climáticas. A cientista critica a falta de interdisciplinaridade nas discussões sobre mudanças climáticas, apontando que o status quo impede ações efetivas.

Desigualdade e Mudanças Climáticas

Otto argumenta que colonialismo, sexismo e racismo são causas fundamentais da crise climática. Ela observa que a vulnerabilidade das populações marginalizadas, aliada à falta de acesso à educação e recursos, agrava os efeitos das mudanças climáticas. A cientista sugere que, ao planejar sistemas de alerta e resposta a desastres, é crucial considerar as necessidades dos mais vulneráveis.

A adaptação às mudanças climáticas ainda é um desafio, segundo Otto. Ela destaca que, desde a criação da Convenção do Clima, os mecanismos financeiros se concentraram na mitigação, deixando a adaptação em segundo plano. A cientista defende que sistemas de alerta precoce são essenciais para salvar vidas e minimizar danos em eventos extremos.

Otto conclui que a reconstrução após desastres deve evitar repetir erros do passado, priorizando áreas de inundação e infraestrutura resiliente. A promoção de uma abordagem inclusiva e equitativa é fundamental para enfrentar a crise climática de forma eficaz.

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