02 de mai 2025
Mudanças climáticas aumentam a violência de gênero e aprofundam desigualdades sociais
Mudanças climáticas elevam a violência de gênero, com aumento alarmante de feminicídios e agressões em eventos extremos.
Entrada para os quartos de mulheres atendidas pela Casa Violeta, uma casa de acolhimento para mulheres e crianças que sofreram abusos após as enchentes que afetaram o estado do Rio Grande do Sul. (Foto: Tuane Fernandes - 13.jun.24/Folhapress)
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Mudanças climáticas aumentam violência de gênero, aponta estudo
Estudos recentes revelam que o aumento da temperatura global está diretamente ligado ao crescimento da violência contra mulheres. Dados alarmantes indicam que eventos climáticos extremos, como secas e enchentes, intensificam essa problemática.
A pesquisa das Nações Unidas mostra que, para cada aumento de 1ºC na temperatura global, os casos de violência por parceiros íntimos crescem quase 5%. Durante ondas de calor, o feminicídio pode aumentar em 28%, conforme um estudo realizado na Espanha. Com a Organização Meteorológica Mundial declarando 2024 como o ano mais quente desde 1850, as perspectivas são preocupantes.
Eventos climáticos extremos causam desalojamento e insegurança, levando muitas mulheres a conviverem com seus agressores em abrigos de emergência. A interrupção de serviços de assistência social e saúde dificulta o acesso a proteção, aumentando a vulnerabilidade feminina. A pandemia de Covid-19 exemplificou essa situação, com o Banco Mundial relatando que a probabilidade de feminicídio mais que dobrou durante o confinamento.
Além disso, a subnotificação de casos de violência de gênero tende a ser maior em contextos de desastres climáticos, dificultando a obtenção de dados precisos. Reconhecer os efeitos indiretos das mudanças climáticas é crucial para enfrentar essa questão de forma eficaz. A luta contra a violência de gênero e a mitigação das mudanças climáticas são interligadas e não podem ser ignoradas.
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