13 de mai 2025
Governo estuda liberar venda de medicamentos sem receita em supermercados
Governo Lula avalia liberar venda de medicamentos sem receita em supermercados, mas enfrenta resistência de associações farmacêuticas.
Foto: Reprodução
Ouvir a notícia:
Governo estuda liberar venda de medicamentos sem receita em supermercados
Ouvir a notícia
Governo estuda liberar venda de medicamentos sem receita em supermercados - Governo estuda liberar venda de medicamentos sem receita em supermercados
O vice-presidente Geraldo Alckmin anunciou nesta segunda-feira (12) que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva irá estudar a possibilidade de permitir a venda de medicamentos sem receita médica em supermercados. A declaração foi feita durante um evento da Associação Paulista de Supermercados (Apas), em São Paulo. Alckmin, que é médico, ressaltou que o tema precisa ser debatido, considerando que a venda de medicamentos sem supervisão médica pode ter implicações significativas.
A proposta está em análise na Câmara dos Deputados e visa facilitar o acesso a medicamentos como analgésicos, antitérmicos e anti-inflamatórios leves. No entanto, a ideia enfrenta forte resistência de associações farmacêuticas e órgãos de saúde. A Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) alertou que a venda de medicamentos em supermercados pode incentivar o consumo indiscriminado, sem a orientação adequada.
O Brasil conta com mais de 90 mil farmácias, muitas delas pequenas, que poderiam ser prejudicadas pela medida. A prática de venda de medicamentos em supermercados foi permitida entre 1994 e 1995, mas foi revogada devido a pressões do setor farmacêutico e preocupações sobre o uso inadequado dos produtos. Em outros países, como Estados Unidos e na Europa, a venda de medicamentos sem receita é comum, mas com regras rigorosas de controle.
O governo Lula agora planeja discutir a proposta com representantes do setor, especialistas em saúde pública e parlamentares. A decisão final dependerá de um consenso entre as partes envolvidas e da aprovação do projeto na Câmara dos Deputados.
Perguntas Relacionadas
Comentários
Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.