Saúde

Pesquisadores desvendam mistérios da jiboia-do-ribeira em projeto no Vale do Ribeira

Jiboia do ribeira, espécie em risco, é avistada em Juquiá (SP). Projeto de conservação destaca a importância da proteção local.

Ribeiro, macho da espécie jiboia-do-ribeira; serpente não peçonhenta de ventre amarelo, que pode atingir 1,80 metros de comprimento, é uma das mais raras do mundo (Foto: Divulgação/Projeto Jiboia-do-Ribeira)

Ribeiro, macho da espécie jiboia-do-ribeira; serpente não peçonhenta de ventre amarelo, que pode atingir 1,80 metros de comprimento, é uma das mais raras do mundo (Foto: Divulgação/Projeto Jiboia-do-Ribeira)

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A jiboia-do-ribeira, uma serpente não peçonhenta em risco de extinção, foi avistada recentemente em Juquiá, São Paulo. O morador Evandro de Ponte Santos registrou a travessia do animal, que é objeto de estudo desde 2016 por pesquisadores do Museu de Zoologia da USP e do Instituto Butantan.

O projeto visa a conscientização das comunidades locais sobre a importância da conservação da espécie. Coordenado pelos herpetólogos Bruno Rocha e Daniela Gennari, o trabalho inclui o monitoramento de indivíduos como Dona Crô e Esperança. A jiboia-do-ribeira, que pode atingir até 1,8 metro de comprimento, é considerada uma das mais raras do mundo, ameaçada por mudanças climáticas e pela ação humana.

Desde o início do projeto, foram coletados dados sobre o comportamento da serpente. A jiboia é arborícola, alimentando-se de pequenos mamíferos e adaptando-se às estações do ano. Durante o inverno, busca locais ensolarados nas copas das árvores e, no verão, desce para o solo. Gennari destaca que a espécie se torna vulnerável ao atravessar estradas, onde ocorrem muitos acidentes.

O projeto enfrenta desafios financeiros e de infraestrutura, dificultando a expansão das atividades. Gennari menciona que, com mais recursos, poderiam desenvolver um cronograma de educação ambiental mais abrangente. O monitoramento é feito com equipamentos de radiofrequência, já que o ideal seria um rastreador de GPS subcutâneo, que custa cerca de R$ 10 mil.

A iniciativa conta com o apoio de várias entidades, mas os custos de deslocamento e materiais educativos são cobertos pelos próprios pesquisadores. O avistamento recente em Juquiá é um sinal positivo para a conservação da jiboia-do-ribeira, e os pesquisadores esperam que mais moradores se tornem guardiões da espécie.

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