Saúde

Biólogo recebe prêmio por esforços na conservação dos monos araña no Magdalena Medio

Biólogo Andrés Link é premiado por iniciativas de conservação dos monos araña café, destacando a importância de corredores ecológicos e engajamento comunitário.

Andrés Link na Universidade de Los Andes, em Bogotá, no dia 12 de maio. (Foto: CHELO CAMACHO)

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O biólogo Andrés Link, fundador da Fundação Projeto Primates, foi agraciado com o Prêmio Whitley 2025 em reconhecimento aos seus esforços na conservação dos monos araña café. A cerimônia ocorreu na Real Sociedade Geográfica de Londres. Link destacou que o prêmio é um reconhecimento ao trabalho coletivo da fundação, criada há 20 anos.

Link se apaixonou pelos monos araña durante suas pesquisas na Amazônia, especialmente na Macarena, Colômbia, e na Estação de Biodiversidade Tiputini, no Equador. Ele observou que, enquanto na Amazônia um grupo pode ocupar até 400 hectares, no Magdalena Médio, os monos estão restritos a apenas 60 hectares. Essa limitação é resultado da fragmentação de seu habitat devido à desmatamento, mineração e ganharia.

Ações de Conservação

A Fundação Projeto Primates tem trabalhado na criação de corredores ecológicos para conectar áreas de vegetação remanescente. Até agora, foram plantados cerca de 15 corredores, totalizando 500 hectares de habitat interconectado. Link mencionou que, após três anos de plantio, começaram a observar a passagem de espécies como jaguares e pumas, e, após cinco a seis anos, os próprios monos araña começaram a utilizar esses corredores.

Link também ressaltou a importância de envolver a comunidade local na conservação. Em Bocas de Carare, um festival anual celebra os monos araña, promovendo a conscientização sobre a espécie. A população local aprendeu sobre o papel ecológico dos monos, que ajudam na dispersão de sementes, contribuindo para a saúde do ecossistema.

Desafios e Futuro

Os monos araña do Magdalena Médio estão classificados como em perigo crítico pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). A descoberta de que eles são uma espécie distinta dos que habitam a Amazônia aumentou a urgência da conservação. Link afirmou que a preservação do habitat é crucial para evitar a extinção dessa espécie única.

O próximo passo da fundação é plantar árvores frutíferas e criar espaços adequados para os monos se abrigarem. Link enfatizou que o projeto é um esforço conjunto que envolve estudantes e a comunidade, promovendo uma convivência sustentável entre humanos e a fauna local.

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