14 de mai 2025
Mococa adota sistema inovador para rastreamento de câncer de mama e colo do útero
Mococa inova com rastreamento ativo de câncer de mama e colo do útero, convocando mulheres para exames e ampliando acesso à saúde.
Foto: Reprodução
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A cidade de Mococa, em São Paulo, lançou um sistema informatizado inovador para rastreamento de câncer de mama e colo do útero. A iniciativa, implementada no final de abril, visa convocar mulheres para exames de mamografia e Papanicolau, rompendo com a abordagem tradicional que espera que as pacientes busquem atendimento.
O novo modelo, que já está em funcionamento em duas das treze unidades básicas de saúde, utiliza dados cruzados para identificar mulheres que necessitam de exames. Casos suspeitos são encaminhados para confirmação e acompanhamento. O objetivo é acelerar diagnósticos e tratamentos, especialmente em um cenário de aumento da mortalidade por esses tipos de câncer, que afeta principalmente mulheres com menos de 40 anos.
Expansão do Programa
A iniciativa faz parte do programa ConeCta-SP, coordenado pela Fundação Oncocentro de São Paulo (Fosp). Desde 2022, a Fosp ouviu mulheres e profissionais de saúde em cinquenta unidades básicas para mapear desafios e preparar a implementação do sistema. A expectativa é que o modelo chegue a outras dezenove cidades até junho e a dois departamentos regionais até setembro.
Estudos indicam que a mortalidade por câncer de mama no Brasil aumentou, mesmo com a incidência estável. Entre mulheres com menos de 40 anos, o crescimento foi de 1,8% ao ano, um ritmo mais acelerado do que nas faixas etárias mais velhas. A desigualdade racial também é um fator preocupante, com a mortalidade entre mulheres negras crescendo quatro vezes mais do que entre brancas entre 2000 e 2020.
Prevenção e Desafios
O câncer de colo do útero, embora prevenível, também apresenta preocupações. Após décadas de queda, a mortalidade voltou a crescer, especialmente entre mulheres de 20 a 39 anos. A vacina contra o HPV, disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) desde 2014, tem enfrentado queda na cobertura, com apenas 82,5% das meninas imunizadas em 2023, abaixo da meta da Organização Mundial da Saúde (OMS) de 90%.
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