Saúde

Conitec recomenda não incluir Wegovy e Saxenda no SUS para tratamento da obesidade

Conitec recomenda não incluir Wegovy e Saxenda no SUS, citando custos altos e necessidade de acompanhamento especializado. Decisão pode mudar.

Retenção de receita médica para medicamentos como Ozempic, Wegovy, Saxenda e similares será obrigatória a partir de julho (Foto: Adobe Stock)

Retenção de receita médica para medicamentos como Ozempic, Wegovy, Saxenda e similares será obrigatória a partir de julho (Foto: Adobe Stock)

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A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) decidiu recomendar a rejeição da inclusão dos medicamentos Wegovy (semaglutida) e Saxenda (liraglutida) no Sistema Único de Saúde (SUS) para tratamento da obesidade. A decisão foi tomada em reunião realizada no dia 8 de maio e divulgada apenas em 13 de maio. O custo elevado e a necessidade de acompanhamento especializado foram os principais motivos para o parecer desfavorável.

A análise financeira apresentada pela Conitec indicou que a inclusão da semaglutida poderia gerar um gasto de, no mínimo, R$ 3,4 bilhões em cinco anos, podendo chegar até R$ 7 bilhões. Além disso, a comissão destacou que o uso eficaz dos medicamentos requer suporte psicológico e mudanças no estilo de vida, o que dificultaria a implementação em larga escala no SUS.

Críticas e Implicações

A decisão gerou críticas da sociedade médica, que aponta a falta de opções de tratamento para a obesidade no SUS. Segundo Maria Edna de Melo, membro da Comissão de Relações Institucionais e Políticas Públicas da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, a situação é preocupante, pois os pacientes continuarão sem acesso a tratamentos eficazes. Atualmente, a cirurgia bariátrica é a principal alternativa, mas sua obtenção é complexa.

O parecer da Conitec não é definitivo. As contribuições recebidas durante a consulta pública poderão influenciar a decisão final. O relatório técnico resultante será analisado pela comissão, que pode alterar seu parecer. A decisão final caberá à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação e do Complexo Econômico-Industrial da Saúde (Sectics), responsável pela política nacional de ciência e tecnologia em saúde.

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